Cinema e literatura – como não gostar? Quando essas artes andam juntas, então, melhor ainda. Numa época em que, mais do que nunca, Hollywood recorre a obras famosas para criar versões, selecionamos 6 livros que, com certeza, mereciam uma chance na tela grande.
Misto Quente, de Charles Bukowski
Bukowski é um escritor com um monte de fãs e obras semibiográficas divertidíssimas. Nelas, há sempre a presença de seu alter ego, Henry Chinaski. Misto Quente é talvez a obra mais conhecida do autor e conta a infância e adolescência de Chinaski – ou Bukowski? – na recessão de 1929. Vemos o princípio de toda a bebedeira e vagabundagem de um dos personagens mais famosos da literatura.
Middlesex, de Jeffrey Eugenides
Vencedor do Pulitzer de 2003, o livro conta a história da jovem Calíope, fruto de uma família grega um tanto incestuosa, com seus avós refugiados e seus pais parentes um do outro. É a história de uma menina descobrindo sua sexualidade, com dois órgãos sexuais e muitas dúvidas. O autor é o mesmo de Virgens Suicidas, livro que foi adaptado ao cinema por Sofia Coppola em 1999.
O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger
O livro definitivo sobre o descobrimento de um adolescente. Holden Caulfield criou empatia em jovens de todo o mundo com seus devaneios sobre relacionamentos, vida adulta e autoconhecimento. Salinger, no entanto, recusou categoricamente adaptar seu livro ao cinema, o que deixou os fãs com um eterno gostinho. Sim, é aquele livro que o assassino de John Lennon lia.
Novembro de 63, de Stephen King
O livro virou seriado este ano, mas quem sabe não valeria também uma versão cinematográfica? Trata-se de uma das obras mais audaciosas e alternativas de Stephen King, na qual Jake Epping, um professor de inglês, descobre um portal que o leva de volta aos anos 60. É aí que ele resolve mudar um pouco o curso da história, tentando salvar John F. Kennedy do assassinato, mas acaba sempre sendo refém do efeito borboleta das coisas.
Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez
Uma das obras literárias mais importantes do mundo, Cem Anos de Solidão é um marco do realismo fantástico de García Márquez, tendo rendido ao autor o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. A história se passa na aldeia fictícia de Macondo e relata as histórias das gerações da família Buendía-Iguarán. Como já dito por alguns, é “uma enciclopédia do imaginário”. Consegue imaginar algum diretor que adore temas fantásticos para dirigir uma possível adaptação?
As Correções, de Jonathan Franzen
A família tradicional americana dissecada. Todos os dramas, angústias e ansiedades de uma casa de classe média são postos à prova no romance que ganhou o National Book Award em 2001. Um prato cheio para os cineastas que são verdadeiros diretores de elenco, a obra renderia um filme que, com certeza, faria muito sucesso nas tradicionais premiações americanas.