Você com certeza conhece Pulp Fiction. O filme de 1994 consagrou o diretor Quentin Tarantino e se tornou uma obra cultuada em todo o mundo. O elenco estelar, capitaneado por Samuel L. Jackson, John Travolta e Uma Thurman, é associado aos personagens até hoje.
O filme ficou famoso por suas referências à cultura pop, seus diálogos irônicos e seus personagens cartunescos. Tudo isso misturado a um roteiro cheio de violência e farto uso de drogas.
Neste top 5, mostramos algumas curiosidades por trás dessa obra clássica, que completou 20 anos no ano passado.
5) Os atores toparam ganhar menos
Apesar de ser o filme independente número um da época, Pulp Fiction foi feito por modestos US$ 8,5 milhões. A única forma de isso acontecer foi cortar o salário de alguns artistas já reconhecidos (Bruce Willis e Uma Thurman). O produtor achou que o mais justo seria se todos os atores principais recebessem a mesma quantia em dinheiro, que foi de US$ 20 mil por semana.
4) A cena de dança foi inspirada em Aristogatas
Segundo Tarantino, os passos da famosa cena de dança tiveram uma inspiração meio inusitada. Enquanto John Travolta foi instruído a dançar de um jeito meio duro, Uma Thurman foi orientada a imitar uma personagem do filme Aristogatas, uma animação da Disney lançada em 1970.
Veja Tarantino fazendo a revelação:
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3) O elenco foi escolhido a dedo
Cada um dos personagens principais tem uma história curiosa a respeito de como seu intérprete foi escolhido. Jules foi escrito especialmente para Samuel L. Jackson, mas o ator quase perdeu o papel após Paul Calderon fazer um teste e se sair bem. Ao saber disso, Jackson pegou um avião para Los Angeles para fazer um novo teste e garantir o papel.
Os papéis de Honey Bunny e Pumpkin foram escritos especialmente para Amanda Plummer e Tim Roth. Já o papel do Lobo também foi escrito especialmente para Harvey Keitel. Inclusive foi Keitel quem convenceu Bruce Willis a participar do filme – o ator queria interpretar Vincent e estava prestes a deixar o longa.
O papel de Vincent Vega foi escrito para Michael Madsen, mas, mesmo sabendo dos planos de Tarantino para ele, o ator resolveu fazer outro filme (Wyatt Earp) duas semanas antes de o roteiro ser finalizado. Daniel Day Lewis queria o papel, mas Tarantino preferiu John Travolta.
Uma Thurman originalmente recusou o papel de Mia Wallace. Para convencê-la, Tarantino leu o roteiro para ela no telefone. Outras atrizes que fizeram testes para o papel foram Daryl Hannah, Michelle Pfeiffer, Joan Cusack e Meg Ryan.
O diretor Tarantino ficou em dúvida se iria interpretar Lance, um traficante amigo de Vincent, ou Jimmy, amigo de Jules. No fim das contas, Tarantino escolheu ser Jimmy, pois queria estar atrás das câmeras na cena em que Mia sofre uma overdose.
2) O conteúdo da maleta
Ao decorrer da trama, o telespectador se vê diante do maior mistério do filme: o que existe de tão importante dentro da maleta que Vincent e Jules carregam? Há várias teorias sobre o conteúdo da maletona. Entre elas é que ali estaria a alma de Marsellus Wallace (que a teria vendido para o diabo) ou o terno dourado de Elvis mostrado no filme Amor à Queima Roupa.
A verdade é que o diretor escolheu não revelar o conteúdo de propósito, deixando a o espectador a tarefa de imaginar o que havia lá. No set de gravação, todavia, o conteúdo real eram duas baterias e uma lâmpada laranja que iluminava os rostos dos personagens, adicionando um toque fantástico ao mistério.
1) O discurso de Jules é falso
Este é o discurso que Jules, personagem de Samuel L. Jackson, faz antes de executar Brett no começo do filme:
“O caminho do justo está cercado por todos os lados pelas iniquidades dos egoístas e pela tirania dos perversos. Bendito é aquele que, em nome da caridade e da boa vontade, pastoreia os fracos pelo vale das trevas, pois ele é verdadeiramente o protetor de seus irmãos e o salvador dos filhos perdidos. E Eu atacarei com grande vingança e raiva furiosa aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá: meu nome é o Senhor quando minha vingança cair sobre ti!”.
A passagem é supostamente tirada da Bíblia, do livro de Ezequiel – só que não! O discurso é quase todo falso, inventado na hora por Tarantino e Jackson. Apenas as frases finais são fiéis à Bíblia. Outra curiosidade: a citação era para ser originalmente usada no filme Um Drink No Inferno (1996).