
Um Negócio Mortal (Casa da Palavra, 256 pgs., R$ 34,90), de Lenny Bartulin, é uma obra que confunde: você não sabe se está lendo um livro ou assistindo a um filme de suspense. Isso se deve ao grande nível de envolvimento que a trama e a narrativa proporcionam. Bartulin merece créditos por ter criado uma história com tanta imersão.
Jack Susko é o dono de uma loja de livros usados (não sei por que, mas o termo “sebo” não é usado) que, num belo dia, recebe de um milionário a proposta de encontrar todas as obras de um poeta excêntrico chamado Eduard Kass. Contudo, Susko não imagina que o negócio, aparentemente simples e lucrativo, é, na verdade, perigosamente mortal, e que irá mudar sua vida de uma maneira não muito agradável.
O texto, muito bem escrito, nos conduz muito naturalmente a todo o mistério e a tensão presentes no romance. Cada vez que a trama evolui, você se embaralha mais, mudando os julgamentos que havia feito no princípio, transformando culpados em vítimas e depois trocando tudo de novo e de novo, sem conseguir chegar a uma conclusão sólida até o desfecho final.
Em Um Negócio Mortal, você se pega prestando atenção a cada detalhe, cada fala e cada olhar que, talvez, possam lhe dar um vislumbre do que incita os acontecimentos da trama. Uma leitura agradável, intrigante e mais envolvente a cada página. Recomendo com entusiasmo.
#Ficadica Atenção redobrada ao texto que antecede o capítulo 1! Uma leitura atenta é recomendável. Sério! Tê-lo com clareza em sua mente é fundamental para que o desenrolar da história seja tranquilo