Com a estreia da nova temporada de Arquivo X neste domingo, dia 24/1, nada melhor para comemorar do que uma lista com os 10 episódios mais memoráveis dessa série, que foi exibida originalmente entre 1993 e 2002 e faz muita falta na vida de todos os fãs.
Aviso: esse não é um top 10, é apenas uma lista. Logo, os episódios não estão necessariamente na sequência de melhor pra pior.
1) Home (s4e02)
Mulder e Scully são recrutados para investigar a morte de uma criança numa cidade do interior, mas acabam descobrindo a história perturbadora de uma família de deformados, resultado de anos de incesto pesado, que vive isolada da sociedade. Violentos e selvagens, eles fazem de tudo pra se livrar dos dois agentes e manter o segredo do clã.
Sempre listado como o episódio mais assustador da série, é certeza que Home deixa Game of Thrones no chinelo.
2) The Post-Modern Prometheus (s5e05)
No estado de Indiana, casos de mulheres que aparecem grávidas de uma criatura estranha chamam a atenção dos agentes Mulder e Scully. Ao longo da investigação, revela-se que um cientista maluco teve dedo na história.
Esse episódio foi escrito pelo próprio criador da série, Chris Carter, quando a série estava em seus anos de ouro, o momento ideal para dar um toque todo pessoal e divertido. E deu muito certo: esse episódio sozinho foi indicado sete vezes ao Emmy Awards. Ganhou o de Direção de Arte.
3) Paper Clip (s3e02)
Esse episódio é um dos mais ricos quando se trata da intrincada mitologia da série. Além de trazer muita correria por parte dos agentes, o enredo une acontecimentos reais com a ficção de uma forma que não se sabe onde começa um e termina o outro.
Pra se ter uma ideia: numa só teoria tem Roswell, a Operação Clipe de Papel (programa que levou os nazistas à América para aprimorar o estudo dos híbridos humanos-alienígenas) e ainda os segredos da família de Mulder. De verdade, um episódio que transforma qualquer cético em amante das teorias.
4) Drive (s6e02)
Drive é uma homenagem ao filme Velocidade Máxima, com Keanu Reeves, e foi escrito por Vince Gilligan, nada menos que criador, roteirista principal e produtor executivo de Breaking Bad. O enredo é sobre um homem que alega que seu cérebro vai explodir caso ele não se mantenha acima de uma certa velocidade, o que, CLARO, é um caso pro Mulder.
O tal louco dos miolos é interpretado por Bryan Cranston – sim, o Walter White! Vince ficou tão impressionado com a performance de Cranston que, quando foi fazer Breaking Bad, o escalou para o papel do nosso tão querido traficante – e convenceu os executivos da emissora a contratá-lo mostrando esse episódio.
É um episódio bem leve, caprichosamente produzido, que vale muito a pena!
5) Triangle (s6e03)
De novo o Chris-Cabeça-de-Parafina todo brincalhão com as histórias. Mulder, dessa vez, encontra um navio fantasma perdido numa fenda do tempo no Triângulo das Bermudas, onde encontra sósias de Scully e do Canceroso e tudo faz sentido pra caramba (só que não).
Claro que sobra para Scully o trabalho de resgatar o mocinho. É um episódio cheio de momentos engraçados e que foi um tanto desafiador, pois foi filmado quase todo em plano-sequência, em tempo real, como no clássico de Hitchcock Festim Diabólico. Ou seja: errou, faz tudo de novo, desde o começo. Os caras merecem um crédito.
6) Bad Blood (s5e12)
Embora tenha o mesmo nome da famosíssima música de Taylor Swift, o enredo não tem nada a ver com o hit pop. Mulder e Scully vão investigar um caso de supostos vampiros e Mulder acaba matando um suspeito. De volta à sede do FBI, os dois discutem suas versões do caso, possibilitando que o espectador veja os dois lados da história.
Uma sátira do começo ao fim, é ótimo para dar risadas sobre como um mesmo acontecimento pode ser visto de formas tão distintas. Uma curiosidade: a atriz Gillian Anderson escolheu esse episódio, por ser leve, para introduzir a série a seus filhos pequenos. Em vez de achar graça, eles ficaram com medo.
7) Badlaa (s8e10)
Badlaa é um daqueles episódios soltos que não interferem na mitologia da série, mas têm uma história legal, mesmo sendo um dos capítulos mais menosprezados do programa. Logo no começo, o público é apresentado a um anão paraplégico indiano que se locomove sobre um carrinho com o impulso dos braços – uma criatura de dar calafrios.
Pode até dar uma pontada de remorso, mas não se deixe enganar: o pequeno homem é uma entidade sobrenatural que tem a capacidade de se alojar na, ããh, cavidade anal de outras pessoas para se locomover. Com certeza um dos episódios mais nojentos da série toda.
8) Improbable (s9e13)
Um assassino serial que usa a numerologia para escolher suas vítimas testa o raciocínio de Monica Reyes (que está no lugar do Mulder, longa história) e Dana Scully. Até aí parece só mais um episódio típico de série policial, mas o grande destaque da história é Burt Reynolds, astro da TV americana, que interpreta o próprio Deus.
Esqueça tudo o que ouviu a respeito do todo-poderoso: o personagem de Reynolds joga cartas, adora música francesa e italiana e é todo festeiro. Superdivertido, é um episódio pra descansar da tensão habitual da série.
9) Squeeze (s1e03)
Esse é apenas o terceiro episódio da série, mas mostra que a equipe já começou com tudo. A história tem foco em um mutante elástico que se enfia em qualquer lugar, de qualquer tamanho. Ele hiberna por 30 anos e só acorda para comer fígados humanos e então hibernar de novo, o que é um caso perfeito para os dois agentes mais curiosos do FBI.
O episódio foi muito bem produzido e deixou uma ótima impressão para o público, além de apresentar o ar sombrio e de suspense que estava por vir. Simplesmente imperdível.
10) Pusher (s3e17)
Mulder e Scully têm que deter um assassino que usa seus poderes de manipulação para induzir as vítimas ao suicídio. Sim, Patrick Modell usa o poder da mente e nada mais. Um exemplo de vítima é o rapaz que foi encorajado a se encharcar de gasolina e atear fogo em si mesmo, ou o senhor que sofreu um ataque cardíaco sob o efeito da voz de Modell.
Com roteiro de Vince Gilligan, esse episódio é inesquecível para qualquer um que assistiu à série. O clima de tensão e a inteligência do assassino manipulador são de prender o espectador na cadeira, no melhor dos sentidos, e garantem o lugar entre os episódios mais amados.