40% das pessoas são a favor da tortura contra suspeitos de terrorismo; no Brasil, 30%
Moradores de Uganda e Líbano são os maiores defensores da tortura, seguidos pelos EUA
Nos últimos 15 anos, os ataques terroristas espalharam medo pelo mundo todo. Tanto pavor serviu como pretexto para que governos americanos invadissem países e cometessem uma série de atrocidades – os prisioneiros de Abu Ghraib, no Iraque, que o digam. Mas nem mesmo os escândalos de tortura que aconteceram por lá mudaram a opinião de 40% da população mundial: para essa parcela, qualquer suspeito de ter alguma ligação terrorista merece ser torturado até soltar informações sobre seus parceiros. É o que mostra uma pesquisa do Pew Research Center, que entrevistou 45 mil pessoas de 38 países. No Brasil, 30% dos entrevistados disseram ser a favor da tortura nesses casos. Apesar disso, a América Latina é o continente com menos adeptos do uso de violência.
Entre os americanos, 58% apoiam a tortura contra terroristas – e acharam muito justa a reação do governo aos países suspeitos de ligação com a al Qaeda. Mas os americanos não são os maiores apoiadores da tortura. Esse título fica por conta de Uganda, onde quase 80% da população se diz a favor do uso de tortura. A segunda colocação fica com o Líbano, onde pouco mais de 70% dos cidadãos defenderem a tortura.