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A droga da vez: remédio contra diarreia

A diferença entre o remédio e o veneno é a dose - especialmente em caso de piriri

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h04 - Publicado em 6 Maio 2016, 20h45
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  • Quando aparece uma dor de barriga, muita gente corre para o cloridrato de loperamina, o nome do princípio ativo de remédios como o Imosec. Mas tem gente tomando seis caixas do remédio pelos efeitos de euforia que ele causa em grandes quantidades.

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    Desde que o medicamento foi criado, se sabe que a loperamina é um opióide – assim como a heroína e a oxicodona, analgésico em que Dr. House é viciado. Mas os cientistas achavam que, ao contrário das suas colegas, a loperamina era toda absorvida pelo intestino – resolvendo o piriri – e não chegava no cérebro.

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    Como a maioria dos bons insights e das ideias péssimas, isso de usar remédio para diarreia para ficar chapado ganhou popularidade em fóruns da internet. Nesses posts, 25% dos usuários tomavam as pílulas exclusivamente pela sensação de euforia. Mas 70% deles estava tentando reduzir o impacto dos sintomas de abstinência de heroína – e a loperamina começou a ser chamada de “metadona de pobre”.

    Os usuários chegam a tomar de 30 a 200 mg de loperamina por dia – para você ter ideia do exagero, no tratamento de diarreia, são recomendadas só 16 mg. E tem gente morrendo com isso. Uma pesquisa do Centro de Intoxicação de Nova York estudou dois casos de overdose, de homens com 24 e 39 anos, ambos com histórico de abuso de drogas, usando a “metadona de pobre” para lidar com o vício.

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    De acordo com os pesquisadores, o número de posts que falavam sobre a droga aumentou 10 vezes de 2010 a 2011. E de 2011 até 2014, o número de atendimentos de emergência nos EUA a pessoas que tomaram doses enormes de Imosec aumentou 71%.

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    Os autores se preocupam porque o medicamento tem custo baixo e é muito acessível, além de não ser associado com nenhum estigma social negativo, como outras drogas. Com o estudo, eles esperam pressionar os órgãos de regulação para que o remédio só possa ser comprado com receita – o que pode complicar um pouco a vida de quem tiver uma emergência intestinal.

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