Conhecidos por suas aparições em filmes policiais, os polígrafos, ou detectores de mentiras, parecem em franca decadência na vida real. O Congresso dos Estados Unidos acaba de proibir seu uso por empresas privadas, com exceção de seguradoras, indústrias farmacêuticas e usinas nucleares, na investigação de roubo ou sabotagem. Não é para menos. O teste vinha sendo usado em larga escala no recrutamento de empregados, principalmente pela indústria de confecções, considerada mais vulnerável a furtos.
Sem ter sido aperfeiçoado desde a década de 20, quando foi inventado, o detector ainda se utiliza de eletrodos presos à pele, que registram mudanças na sua umidade e alterações na pressão sanguínea, além de tremores na voz e anormalidades respiratórias (SUPERINTERESSANTE n. 7). Pois bem: dos quase 2 milhões de americanos submetidos ao teste no ano passado, nada menos de 300 mil foram vítimas de falsas acusações por culpa da máquina. A verdade é que o mentiroso convicto, o cara-de-pau, pode ter uma chance maior de enganar a engenhoca do que uma pessoa honesta, porém extremamente nervosa.
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