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As pessoas estão ficando mais mal-educadas?

No trânsito, no elevador, no ônibus: um estudo analisou como reagimos às grosserias do dia a dia.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 15 jun 2016, 14h15
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  • Faças as contas: quantas vezes por dia você presencia uma grosseria? A maioria das pessoas acredita que a falta de educação aumentou nos últimos anos. E temos até novas formas para expressar a incivilidade: 69% dos brasileiros pegam o celular, sem mais nem menos, no meio de uma conversa. Mas será que estamos mesmo ficando mais mal educados?

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    Um novo estudo internacional garante que não. No experimento, os pesquisadores mostraram duas cenas com situações chatas para 212 voluntários: na primeira, um carro cortava o outro pela direita na estrada. Na segunda, uma pessoa no ônibus falava cada vez mais alto no celular. O que mudava, de participante para participante, era a legenda: metade via a frase “ele cortou o carro da frente”. A outra metade lia “eu cortei o carro da frente”.

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    Em cada caso, os voluntários tiveram que classificar o quão grave era a situação, quanto dano ela causou no outro e o que teria motivado a falta de educação. Além disso, eles precisavam imaginar se o causador da situação iria pedir desculpas e se a vítima aceitaria as desculpas.

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    Como era de se esperar, as pessoas foram mais boazinhas consigo mesmas. Quando eram elas as mal educadas, viam a situação como menos grave e mais passageira. Já quando o grosseiro era o outro, aí a raiz da falta de educação era o “caráter” do estranho. No geral,  quando você é o mal educado, se sente muito menos responsável pelo que aconteceu.

    Os pesquisadores repetiram o estudo, dessa vez com outras situações grosseiras: espirrar (de um jeito bem “molhado”, segundo eles), sem colocar a mão na frente do rosto, no meio do elevador e passar por uma porta sem segurá-la, deixando que atingisse a pessoa que vinha atrás. Nesse caso, o autor da grosseria poderia ser o participante, um amigo ou um estranho.

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    De novo, os voluntários viram suas próprias ações como mais perdoáveis e mais leves que os espirros de estranhos. Mas os pesquisadores notaram que eles estendem também esse filtro indulgente para os amigos. Mal educado de verdade, na visão deles, era só o desconhecido.

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    A conclusão dos pesquisadores é que esse viés egoísta faz com que não enxerguemos nossos próprios hábitos de forma clara e, por isso, acabamos exagerando na importância que damos para os atos pouco educados dos outros.

    Eles acreditam que esse padrão se repete em diferentes gerações e, por isso, as pessoas tem a tendência de acreditar que, no tempo delas, todo mundo era mais civilizado. Só que na prática, o espirro molhado aparece em qualquer época. Sua reação é que depende de qual nariz ele veio.

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