Como cantar bem
Não tem talento? Dá-se um jeito. Com disciplina e abnegação, você será o rei do karaokê
Não imite
Liberte-se dos vícios. Quando cantamos no chuveiro, costumamos imitar nossos cantores favoritos (ainda mais se cantamos junto com a música tocando). Embarcamos no tom de outra pessoa, o que pode forçar a voz e comprometer a interpretação. Para cantar bem, é preciso achar um estilo próprio.
Ache o tom
Mas o que é o tom certo? É aquele que deixa a voz firme e confortável. Há 3 possibilidades: baixo, médio e agudo. Se sua voz é grave, pode ser que seu canto fique melhor em um tom baixo ou médio (não no agudo, provavelmente). Aqui vale consultar um professor de canto, que determina isso com precisão.
Respire fundo
A respiração abdominal é a ideal para o canto, porque permite que você use toda a capacidade pulmonar. Pra treiná-la, recorra a uma bexiga. Inspire e leve o ar para a região do abdome durante 3 segundos. Depois é só soprar a bexiga, contraindo o abdome até soltar todo o ar.
Capriche na postura
Postura errada pode bloquear o movimento do diafragma e dificultar a respiração. Mantenha o tronco ereto e os ombros relaxados. Deixe os pés ligeiramente afastados um do outro, para dar equilíbrio ao corpo. E evite colocar todo seu peso sobre uma perna só.
Prepare a voz
Antes de cantar, cuide da alimentação. Derivados de leite alteram o pH da saliva e a deixam mais viscosa. Açúcar estimula a produção de muco. Também exercite a voz. Imite o som de uma metralhadora – trrrrrrrrrrrr – por até 15 minutos. Servirá como um aquecimento antes de uma corrida, para evitar um inchaço ou nódulo nas cordas vocais.
Solte a voz – e a boca
Articule bem as palavras, principalmente as vogais. Isso dá força à interpretação (e evita que você pareça um ventríloquo). Exercícios como estalar a língua ou vibrar os lábios (fazendo “brrrr”) ajudam, porque relaxam a musculatura da boca.
Fontes: Daniele Gregório, soprano e fonoaudióloga; Homero Velho, barítono e professor de canto da Escola de Música da UFRJ; Patrícia Peres, contralto e professora de canto do Conservatório Brasileiro de Música; Pedro Oliveira, baixo e presidente da Associação do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Regina Mestre, nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran); Sandro Christopher, barítono; e Victor Prochet, tenor e professor de canto.