Maíra Termero
O processo que leva as coordenadas das ruas ao seu aparelhinho de GPS não tem quase nada de automático. Até o mapa chegar bonitinho à tela, é preciso combinar com paciência e precisão duas bases de dados analógicos. A 1ª é o desenho das vias, obtido com imagens de satélite, fotos tiradas de avião e carros com aparelhos de GPS rodando para cima e para baixo. A 2ª é a informação sobre as ruas, como nome, numeração, calçamento, direção e volume de tráfego, pontos de interesse, coletada com instituições públicas e equipes de pesquisa.
Isso não sai de graça imagens de satélite mais detalhadas custam R$ 125 por km2 – e vai ficar mais caro com novos serviços, como o que traça a rota que foge do congestionamento.
Conheça as etapas de construção dos mapas eletrônicos
1. Matéria-prima
Pode-se usar uma imagem de satélite, fotos tiradas de avião ou registros de GPS. Estes são feitos por carros equipados que passam por todas as ruas da região mapeada. Às vezes, o trajeto precisa ser repetido, para ter uma linha média.
2. Lei das ruas
No computador, acrescentam-se dados sobre as vias: nome, se têm asfalto ou terra, se são de mão simples ou dupla. Define-se também a importância da via, para que o GPS identifique quais são as principais na hora de traçar uma rota.
3. Palavras cruzadas
Até esta etapa, as ruas são todas sem saída: estão lá, mas não se conectam. É preciso que alguém determine o que é cruzamento, viaduto e beco, tornando possível traçar rotas.
4. Pontos de interesse
Quanto mais pontos de referência (parques, hotéis, metrô), melhor o mapa. Geralmente esses dados vêm para o GPS direto de fábrica, mas alguns modelos permitem que o próprio motorista insira dados, estilo Google Earth.