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Contra a discriminação da mulher

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 mar 2001, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h46
  • Lara Lima

    Aentrega do Prêmio L’Oréal-Unesco à geneticista Mayana Zats, da Universidade de São Paulo (USP), embora importante, foi uma reafirmação do óbvio: que as pesquisas da brasileira no campo das degenerações musculares estão entre as mais importantes do mundo, atualmente. Ela foi premiada ao lado de mais quatro cientistas dos Estados Unidos, Inglaterra, Áustria e Nigéria. Coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP e presidente da Associação Brasileira de Distrofia Muscular, Mayana fala, nesta entrevista, sobre a importância da premiação para as mulheres que se dedicam à ciência.

    Super – Como você recebeu esse prêmio?

    Considero-o fundamental, principalmente por valorizar as mulheres onde são discriminadas, como nos Estados Unidos ou na Europa.

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    O preconceito nos Estados Unidos é maior do que aqui?

    As brasileiras são privilegiadas. As cientistas americanas geralmente ganham menos que os homens que têm a mesma posição que elas. Isso não acontece na universidade brasileira. E tem também o preconceito: quando estive na Universidade da Califórnia, me chamavam de enfermeira, com um sentido pejorativo, porque não se imaginava que eu pudesse pensar.

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    As americanas também têm problema com o chamado assédio sexual?

    Nunca percebi nada. Acho que as americanas exageram.

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    Mas as mulheres continuam sendo minoria na ciência, em qualquer país.

    Isso se deve, em parte, ao fato de elas terem que diminuir o ritmo de pesquisa para engravidar. Isso é inevitável e as força a fazerem uma opção na hora de ter filhos. Acho até que o número de mulheres cientistas vai crescer. Mas elas dificilmente poderão se equiparar aos homens, por exemplo, na quantidade de Prêmios Nobel. Isso exige uma dedicação que não sei se elas poderão ter, em função da maternidade.

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    Você diz que o noticiário sobre o genoma é exagerado. Por quê?

    No ano passado, fez-se um estardalhaço porque se havia finalizado um primeiro rascunho do genoma. Na verdade, ele só estava completo em 85%. Agora repete-se o barulho por que o rascunho chegou a 95%. A imprensa faz muito auê. E teve também a “decepção” provocada pelo fato de termos “só” 30 000 genes, como se fosse pouco. Quem trabalha na área sabia há tempos que o número era mais ou menos esse mesmo.

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