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Crianças aprendem mais com e-book do que com livro de papel

Estudo feito nos EUA revela que os livros eletrônicos atraem mais a atenção dos pequenos. Mas, a longo prazo, isso também pode ter um efeito ruim

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 15h16 - Publicado em 28 jun 2017, 14h21
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  • Encontre uma criança em um restaurante e você provavelmente verá um tablet pertinho dela. Bebês e telas têm uma curiosa e fofíssima relação. Mas será que é possível tirar proveito dela?

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    Um grupo de pesquisadores dos EUA e do Canadá acha que sim. Eles estavam estudando os benefícios que surgem quando pais leem para os seus filhos. A prática é importante para ajudar as crianças a ampliar seu vocabulário, a introduzi-las à leitura desde pequenas e estimular seu desenvolvimento com relação à linguagem. Os cientistas queriam entender se faz diferença ler um livro impresso ou um e-book para uma criança.

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    Eles filmaram um grupo de 102 crianças, todas com 2 anos ou menos, enquanto elas liam com seus pais. Os pequenos receberam dois livros de 10 páginas: um sobre bichos da fazenda e outro sobre animais selvagens. Cada livro tinha uma versão impressa e uma eletrônica.

    Os pais liam em voz alta e descreviam as figuras nos livros de papel, mas os e-books vinham com música de fundo e uma narração automática (eram livros digitais relativamente simples, sem animações nem elementos clicáveis). Depois de analisar todos os vídeos, os pesquisadores chegaram à três conclusões.

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    1. Ler um e-book muda o comportamento tanto dos pais quanto das crianças

    Com os livros de papel, os pais assumiam uma postura mais ativa, apontando elementos e interagindo mais com as páginas. Já com as crianças, era o contrário: elas ficavam mais animadas com os livros eletrônicos, fazendo mais comentários durante a leitura, colocando os dedos na tela e até virando as páginas sozinhas.

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    2. Crianças bem pequenas se divertem mais com os e-books

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    Como o primeiro item indica, as crianças demonstraram mais interesse, engajamento e diversão com os livros virtuais.

    3. Elas também aprenderam mais

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    Antes do experimento, os pais foram instruídos a checar quantos bichos da história as crianças reconheciam e eram capazes de nomear. Depois de terminar a leitura dos livros, os pais refizeram o teste. As crianças que haviam lido e-books tiveram um desempenho melhor, ou seja, aprenderam os nomes de mais bichos. 

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    O porém

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    A pesquisa foi uma das poucas a investigar a leitura para crianças tão pequenas. E sua conclusão confirma algo que outros estudos detectaram em crianças maiores, a partir de três anos. O e-book exige menos esforço mental do que o livro físico – e isso, a longo prazo, pode deixar as crianças mal acostumadas. Os sons e as músicas de fundo dos e-books, que aumentam o engajamento das crianças bem novinhas, acabam distraindo as crianças mais velhas do conteúdo em si e, no longo prazo, dificultam seu aprendizado.

    A conclusão, por enquanto, é de que faltam mais estudos sobre o assunto – e que a forma como o e-book é apresentado (com efeitos e chamarizes) é mais importante do que a plataforma em si. Se o livro eletrônico prende a atenção e destaca o conteúdo, ele é útil. Se só distrai a criança, não. 

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