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Encha o tanque de hidrogênio

O combustível mais abundante que existe está nos mares. É o hidrogênio, que, com o oxigênio, forma a molécula de água. Veja como ele poderá mover os carros do futuro.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 31 jan 2000, 22h00

André Santoro, do Rio de Janeiro

Em forma gasosa, o hidrogênio é o combustível perfeito. Ele pode ser extraído facilmente de uma fonte inesgotável (os oceanos), libera muita energia ao reagir com o oxigênio e não polui, pois o único resíduo da reação é a própria água. Seria perfeito se não fosse um detalhe. Não dá para usar em carros porque é difícil de armazenar com segurança: ao menor contato com o ar ele explode.

Mas, agora, pesquisadores brasileiros e franceses descobriram uma solução: estocar o gás entre os átomos de um metal sólido, usando-o como “tanque de combustível”. Para colocar essa idéia sobre rodas, a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro associou-se à empresa francesa Renault. Eles estão testando uma liga metálica especialíssima e secreta. “Nosso desafio é guardar cada vez mais hidrogênio em quantidade cada vez menor de metal”, explica o engenheiro Paulo Emílio de Miranda, coordenador da pesquisa. “E estamos avançando.”

asantoro@abril.com.br

Algo mais

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O hidrogênio representa 1% da massa da Terra. Em toneladas, essa quantidade se escreve com o 7 seguido de vinte zeros. Um milésimo desse total está em minerais e o resto na água. O peso do hidrogênio na forma de H2O, em toneladas, é o número 14 seguido de dezessete zeros.

Fim da fumaça preta

Para usar o hidrogênio com segurança, os pesquisadores o encerram entre os átomos de uma barra metálica.

Fora do carro

1 – Super-resfriamento

A liga de metal líquido, esquentada à temperatura de 1 000 graus Celsius, cai sobre uma roda de cobre e é resfriada à incrível velocidade de 1 milhão de graus por segundo. Você vai ver adiante por que isso é importante.

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2 – Estocado num bloco

Ao esfriar, a liga sai do aparelho em tiras que, em seguida, podem ser moldadas na forma de um bloco compacto. Ele servirá como tanque de combustível para o hidrogênio.

3 – Esponja para o gás

Agora vem a parte mais interessante. A liga, como se fosse uma esponja, absorve o hidrogênio gasoso, injetado sob altíssima pressão. Veja abaixo como é o processo.

4 – Espaços ocupados

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O resfriamento, por ser ultra-rápido, deixa o metal cheio de buracos microscópicos. Aí o gás se instala. Os vazios entre os átomos da liga (à esquerda) não existem em um metal convencional (à direita).

Dentro do carro

5 – Tanque quente

No carro, já com o reservatório instalado, quando o motorista gira a chave, a bateria esquenta o tanque a 30 graus Celsius. O calor expulsa o hidrogênio do metal, empurrando-o até um gerador, onde sua força é aproveitada.

6 – Força elétrica

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No gerador, o gás do tanque combina-se com o oxigênio do ar, numa reação que gera água e grande quantidade de eletricidade. É ela que faz o motor girar e põe o carro em movimento.

7 – Água na descarga

A reação deixa apenas um resíduo inofensivo e limpo: a água formada pela união dos dois gases. Nada de fumaça preta no cano de escapamento.

Ficha técnica

Autonomia 300 quilômetros

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Velocidade máxima 120 quilômetros por hora

Capacidade do tanque 5 quilos de hidrogênio

Previsão de lançamento 2008

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