Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Fazer sexo sem tesão aumenta risco cardíaco e depressão

Ao contrário do que diz a sabedoria popular, falta de sexo não aumenta o estresse. Já transar só para agradar o outro faz mal à saúde

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 28 mar 2018, 16h51 - Publicado em 3 jun 2016, 19h00

Fazia tempo que não se falava tanto em consentimento sexual no Brasil, ou seja: sobre a necessidade do sexo ser uma decisão consciente de dois (ou mais) adultos. Só que mesmo nessas situações, tem muita gente transando sem vontade — e um novo estudo mostra que isso faz mal para o corpo e para a mente.

Na pesquisa, 64 pessoas em relacionamentos sérios revelaram quantas vezes tinham feito sexo no último mês. Depois, disseram com que frequência têm vontade de transar em 30 dias — as respostas variavam de nenhuma até várias vezes por dia.

Os pesquisadores mediram então a quantidade de cortisol na saliva dos participantes. O hormônio é produzido quando passamos por estresse físico ou psicológico — e atrapalha o sistema imunológico, prejudica o coração e pode levar à depressão.

Os autores escolheram o cortisol de propósito. Eles queriam um indicador cartesiano — se simplesmente perguntassem aos participantes se estavam estressados, as respostas provavelmente não seriam tão precisas.

Quando olharam os resultados, os pesquisadores perceberam que as pessoas que transavam mais do que realmente queriam tinham níveis mais altos de estresse que os outros. Eles chamam isso de “compliance sexual”: quando você aceita, conscientemente, fazer sexo, geralmente porque que agradar o parceiro e manter a qualidade da relação. Um termo burocrático para “transa burocrática”.

Continua após a publicidade

Outra descoberta surpreendeu os cientistas: quem fazia menos sexo do que gostaria não tinha níveis elevados de estresse. A quantidade de cortisol era equivalente a de quem tinha desejo e atividade equilibrados. Biologicamente, então, a eventual falta de sexo não é tão determinante quanto parece para deixar você mais estressado.

A pesquisa, realizada pela Southwestern University, no Texas, foi a primeira a estudar as consequências físicas de aceitar fazer sexo sem ter vontade. Estudos anteriores se preocupavam em entender como a diferença entre o tesão e atividade sexual afetava os relacionamentos. O problema é que eles não separavam quem fazia sexo demais de quem fazia de menos.

Tanto a ciência quanto a sociedade preferiram ignorar que o sexo consentido é muitas vezes visto como uma tarefa — segundo outra pesquisa de 2010,  até um quinto das relações acontece assim. É uma situação diferente do estupro dentro do relacionamento — que é um tipo de abuso negligenciado e até legalizado em países como a Índia. Sexo burocrático não é estupro, mas não é saudável. A pesquisa mostra que o consentimento, mesmo que indispensável, é só o primeiro passo para uma sexualidade realmente plena.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.