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Humanidade obsoleta

Hoje somos os reis do pedaço. Mas se há uma coisa que a natureza mostra é que o dominante de hoje é o extinto de amanhã. Será que uma nova espécie inteligente ou máquinas conscientes podem acabar conosco?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 8 mar 2013, 22h00

Salvador Nogueira

Estamos há muito tempo acostumados com o fato de que o ser humano reside comodamente no topo da cadeia alimentar graças ao seu intelecto e à capacidade de gerar tecnologias que lhe confiram vantagens contra seus predadores. Mas a evolução é um processo dinâmico e não terminou – nem para nós nem para os outros animais. Poderia alguma criatura se tornar suficientemente inteligente no futuro para ameaçar nosso status?

Se o passado servir como termômetro, a resposta é sim. Basta lembrarmos que emergimos como os vencedores de uma situação dessas. Houve um tempo na Terra, entre 100 e 200 mil anos atrás, que o Homo sapiens convivia com pelo menos outras duas ou, possivelmente, três espécies de razoável inteligência. Os neandertais, o Homo erectus (o mais tosco de todos, embora, curiosamente, o mais longevo até agora) e o Homo floresiensis (cujos únicos sinais foram encontrados apenas na Indonésia), que parece ter sido o último a sumir. De toda forma, a mensagem é que uma das espécies – presumivelmente a com mais tecnologia – acabou com as demais.

Isso pode voltar a acontecer no futuro? Improvável, mas não impossível.

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O que parece mais provável, contudo, é o surgimento de uma nova espécie inteligente na Terra criada por nossas próprias mãos. Quem se lembra de como eram os computadores apenas algumas décadas atrás reconhecem que eles já fizeram saltos notáveis de inteligência. Hoje, um computador é capaz de derrotar o maior mestre enxadrista humano. Do que eles serão capazes em um século?

Um dos que arriscariam um chute é o especialista em inteligência artificial americano Ray Kurzweil. Segundo ele, em 2029 já teremos máquinas capazes de emular de forma perfeita o comportamento humano. Indo mais além, Kurzweil sugere que as máquinas serão capazes de construir e projetar a si mesmas – o que permitirá evolução e reprodução – e atingirão um estado de “superinteligência”. Serão então muito mais sabidas que o nosso melhor Einstein.

Mas nada garante que elas terão valores éticos e morais compatíveis com os nossos. Será que esses seres artificiais do futuro darão bola para o nosso bem-estar? Ou podem decidir – até com certa razão – que só servimos para estragar o planeta e que fariam um favor à biosfera inteira nos eliminando da equação? Pois é.

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Um futuro em que os seres humanos não existem mais não é assim tão improvável. Seus sucessores podem ser máquinas inteligentes. Ou, talvez, alienígenas.

Hoje a ciência não sabe nem se eles existem de fato. Entretanto, caso estejam aí fora, podem passar por aqui a qualquer momento. E ninguém garante que serão todos bonzinhos, iguais aos do Spielberg. Os ETs podem muito bem vir para cá em busca de recursos naturais, e a humanidade seria apenas uma espécie inferior aos olhos deles (se é que eles têm olhos). Seria como destruir um formigueiro para fazer um campo de futebol. Sem remorso.

Tem gente que estuda a sério essa possibilidade e até pensa em estratégias de defesa planetária caso precisemos enfrentar esses caras. E assim é com praticamente todas as ameaças que nos rodeiam. Até mesmo do fim do Universo talvez possamos fugir graças à engenhosidade humana.

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