Apesar de ser um ótimo lubrificante, a grafite não deve ser aplicada em motores de automóveis. Suas propriedades de lubrificação pode ser facilmente verificadas. “É só pegar o pó produzido quando se aponta um lápis, colocar entre os dedos e esfregá-los”, exemplifica o engenheiro químico Fernando de Souza Campos, da Mobil Oil do Brasil.
“Eles deslizam com muito mais facilidade, por causa da disposição em camadas das moléculas de carbono que formam a grafite. As mais externas aderem firmemente ao dedo enquanto as internas deslizam umas sobre as outras. Isso reduz o atrito e conseqüentemente confere à grafite sua propriedade lubrificante.”
Contudo, essa propriedade só é mantida quando ela está em estado puro e em pó. Ao ser misturada com óleos lubrificantes, sejam eles minerais ou sintéticos, fica neutralizada. Pior que isso: dependendo do tamanho das partículas de carbono, elas podem obstruir filtros e orifícios da circulação do óleo.