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Mães muito controladoras atrapalham o desenvolvimento dos filhos

Segundo novo estudo, crianças que têm mães dominadoras aos 2 anos de idade desenvolvem problemas psicológicos e dificuldades para lidar com outras pessoas

Por Felipe Sali
18 jun 2018, 15h27

Existe um termo usado pelos especialistas para designar aqueles pais que estão sempre próximos dos seus filhos, tomando conta de cada atitude e até supervisionam a maneira como brincam — são os “pais-helicóptero”. A intenção é boa, mas um estudo do departamento de psicologia da Universidade de Minnesota, nos EUA, descobriu que essa atitude colabora para criar crianças incapazes de gerenciar as próprias emoções à medida que crescem.

A pesquisa acompanhou 442 crianças. Quando elas tinham dois anos de idade, participaram de sessões de brincadeiras com suas mães em um ambiente controlado repleto de brinquedos. Os pesquisadores avaliaram até que ponto a mãe tentou assumir a tarefa ou deixou que o filho descobrisse sozinho como funcionava uma atividade.

Mais tarde, quando as crianças tinham entre 5 e 10 anos, seus professores foram convidados a avaliar problemas como sinais de depressão, ansiedade ou solidão em alunos. Desempenho acadêmico e habilidades sociais também foram relatados. Além disso, uma entrevista foi feita com as próprias crianças, que falaram sobre suas atitudes em relação à escola, aos professores e questões emocionais.

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Alguns pontos foram levados em conta, como a personalidade individual e status socioeconômico das crianças pesquisadas, e, ainda assim, foi possível identificar que filhos de mães mais controladoras mostraram menor controle sobre suas próprias emoções e impulsos aos cinco anos. Aos 10, o quadro ficou mais grave, pois eles apresentaram piora nas habilidades sociais e no desempenho acadêmico.

“Para promover habilidades emocionais e comportamentais, os pais devem permitir que as crianças experimentem uma variedade de emoções e lhes dê espaço para praticar e tentar administrar essas emoções de forma independente e, em seguida, orientar e ajudar as crianças”, escreveu Nicole Perry em artigo para o Developmental Psychology no qual explica os resultados do trabalho. O excesso de cuidado impediu uma evolução emocional que deveria ser natural.

Para isolar variáveis, o estudo foi feito apenas com mães e não incluiu as interações com os pais, algo que deve ser feito no futuro. Por mais difícil que pareça, o que a ciência indica é que a melhor maneira de educar filhos é deixá-los errar um pouco.

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