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O horror, o horror

Jerônimo Teixeira O polonês naturalizado britânico Jósef Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski subiu o Rio Congo em 1890. Lá presenciou um dos períodos mais sangrentos da violenta história africana. Estima-se que a população local, escravizada na extração de marfim, tenha sido reduzida à metade. Anos depois, o aventureiro Jósef Konrad, já convertido no escritor Joseph Conrad, […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 out 2000, 22h00
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  • Jerônimo Teixeira

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    O polonês naturalizado britânico Jósef Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski subiu o Rio Congo em 1890. Lá presenciou um dos períodos mais sangrentos da violenta história africana. Estima-se que a população local, escravizada na extração de marfim, tenha sido reduzida à metade. Anos depois, o aventureiro Jósef Konrad, já convertido no escritor Joseph Conrad, publicou a obra-prima Coração das Trevas. No livro, o protagonista Marlow é encarregado de subir um rio até o posto comandado por Kurtz – um europeu que enlouquecera entre os selvagens. Kurtz só aparece nas últimas dez páginas, mas sua presença pesa sobre o livro todo. Esse personagem, até certo ponto louco até certo ponto lúcido demais, apaga a linha tênue entre civilizado e selvagem. Suas palavras finais resumem a história colonial da África: “O horror, o horror”.

    Francis Ford Coppola fez do livro um filme brilhante, deslocando a ação para o Vietnã. Apocalypse Now, de 1979, custou 30 milhões de dólares e um ataque cardíaco ao ator Martin Sheen. A insanidade da guerra coube toda na cena antológica em que helicópteros arrasam um vilarejo ao som de Wagner. E Marlon Brando, como Kurtz, define o século que passou: “O horror, o horror”.

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