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O perigo do resfriamento global

Se você está preocupado com o aquecimento da Terra, saiba que algo bem pior pode acontecer: o planeta virar uma bola de neve gigante

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 8 mar 2013, 22h00
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  • Hemerson Brandão

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    Se a humanidade fosse obrigada a escolher entre o aquecimento e o resfriamento global, qual seria preferível? Com as notícias assustadoramente apocalípticas que lemos diariamente sobre o aumento da temperatura média da Terra, talvez a hipótese do resfriamento não lhe pareça tão ruim. Mas, acredite, o congelamento da Terra é um fim do mundo que você também não gostaria de ver.

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    Uma hipótese antiga e controversa vira e mexe volta a ser debatida. Conhecida como “Terra bola de neve”, essa teoria afirma que boa parte da superfície de nosso planeta já esteve coberta por uma grossa camada de gelo, talvez diversas vezes. A última possivelmente ocorreu há meio bilhão de anos. O planeta virou praticamente um picolé espacial, com gelo recobrindo as porções tropicais e quase chegando ao Equador. Pergunta que não quer calar: isso pode acontecer de novo?

    Noves fora a quantidade de gelo envolvida, sabe-se que a Terra já experimentou diversas eras glaciais, com diferentes intensidades. Os defensores da teoria da Terra bola de neve afirmam que, pelo menos em uma delas, o frio deve ter coberto quase todo o planeta de gelo. Evidências disso são rochas deformadas pela passagem de geleiras, encontradas em várias partes do mundo. Algumas dessas rochas foram descobertas em regiões que no passado eram próximas do Equador, onde normalmente mal deveria existir gelo.

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    Até mesmo no Brasil já foram encontrados esses padrões. Pesquisadores brasileiros de quatro universidades descobriram depósitos sedimentares deformados pelo peso de geleiras. O estudo, publicado em 2003 na revista americana Geology, fez parte da tese de doutorado de Afonso César Rodrigues Nogueira, então na USP, hoje pesquisador da Universidade Federal do Pará. Pistas indicam que o estado de Mato Grosso já esteve debaixo de uma grossa camada de gelo.

    O estudo brasileiro soma-se às pesquisas de Paul Hoffman e Daniel Schrag, da Universidade Harvard, que encontraram rochas similares em outras partes do mundo, como na Noruega (ok, hoje não tão inesperado) e Namíbia (explique essa!). Ocorre que ambas as regiões, 630 milhões de anos atrás, estavam em locais diferentes do globo por causa do movimento dos continentes. Ambas ficavam próximas do Equador, apontando assim que o congelamento foi quase global.

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    Contudo, investigar eventos de meio bilhão de anos é uma tarefa complicada. A interpretação das evidências é muito sutil. Exemplo: Afonso Nogueira, o mesmo pesquisador que apresentou as evidências de Mato Grosso, publicou em outubro de 2011, um novo estudo na revista britânica Nature que parece ir na direção oposta.

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    A nova pesquisa contesta que o gelo naquela época tenha coberto todo o planeta. Nogueira e seus colegas basearam suas pesquisas na análise dos níveis de gás carbônico presente nas rochas. Dados apontam que a temperatura naquela época na verdade não era muito diferente da que é hoje. Vai saber o que de fato aconteceu?

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    FRIO NA ESPINHA
    O pior cenário: a nova era do gelo

    Modelos apontam que, durante uma hipotética nova e forte era glacial, se o gelo do Polo Sul avançasse para além da latitude de São Paulo, formaria uma extensa superfície branca sobre o planeta a ponto de refletir boa parte do calor que chega do Sol. Isso esfriaria o planeta de vez, fazendo a neve alcançar regiões equatoriais. O mesmo aconteceria no Hemisfério Norte, cobrindo de gelo todo o planeta, dos polos às proximidades do Equador.

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