Não é apenas a profissão mais antiga do mundo que adota nomes de guerra. Categorias menos suspeitas também, seja por tradição, seja por picaretagem.
Tripulantes de companhias aéreas, por exemplo, costumam ser rebatizados se já há alguém com o mesmo nome na empresa. A intenção é agilizar a identificação e a comunicação. Já atendentes de telemarketing usam pseudônimos com uma justificativa psicológica: “Se o cliente do outro lado da linha for grosso, parece que não é comigo”, diz “Regina”.
Entre corretores de imóveis, o uso de pseudônimo existe, mas é polêmico. “Somos totalmente contra”, diz Alexandre Tirelli, do sindicato da categoria. “Cuidado: quem faz isso tem algo a esconder.”
Carreira de Identidade
Os motivos de cada um para ocultar o nome verdadeiro
Tripulantes de voo
Aeromoças, aeromoços e muitos pilotos usavam para facilitar a identificação e montagem das escalas, mas grandes companhias estão abandonando o hábito.
Corretores de imóveis
Uma prática condenada. “Como cobrar seus direitos de quem você nem sabe o nome?”, diz Alexandre Tirelli, do sindicato da categoria. Exija carteira profissional.
Atendentes de telemarketing
Instrução geral ou opção particular, a intenção é se blindar psicologicamente contra clientes abusivos. O efeito colateral é dificultar reclamações personalizadas.
Profissionais do sexo
Além do motivo óbvio (esconder a atividade de conhecidos), garotas e garotos de programa e astros pornôs inventam “nomes artísticos” que atiçam a imaginação: Lolita, Bazuca, Bruna Surfistinha…