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Silicone, cera e parafina

Tem gente que passa no cabelo os mesmos ingredientes usados para lustrar e proteger lataria de carro. Mas não se anime: a cera automotiva é altamente tóxica e inflamável.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 26 mar 2011, 22h00
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  • Nathália Braga

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    PROTEGE – Cera de carnaúba
    Extraída das folhas da carnaubeira, palmeira típica do Nordeste brasileiro, é a cera mais dura que existe – só derrete acima de 80 ºC. Além de proteger a pintura contra sol e chuva, ela dá brilho à lataria. Também é usada para dar lustro à casca de maçãs. Sim, em pequenas quantidades, a cera é comestível (em grandes, dá diarreia).

    CONSERVA – Parafina

    Nos carros ela funciona como nas pranchas de surfe: preenche os poros da pintura, formando um filme que impermeabiliza a superfície. Em vez de escorrer pela lataria, a água da chuva se transforma em pequenas gotículas, favorecendo a conservação da pintura. A função é parecida com a da cera de carnaúba, mas a parafina entra para baratear a mistura.

    DÁ BRILHO – Fluido Silicone

    Mais um ingrediente para ajudar no quesito brilho. É derivado do silício, ou seja, areia. E é isso que o torna um ingrediente polêmico: alguns fabricantes alegam que, com o tempo, ele pode riscar a pintura do carro. Mas a história não é comprovada. Com alto poder lubrificante, o silicone é usado em outros 5 mil produtos: de cosmético para cabelo a próteses para turbinar os seios.

    DISLVE – Solvente alifático

    A função desse derivado do petróleo é dissolver os ingredientes da cera, deixando o produto mais fluido e fácil de ser aplicado. Quando a cera é passada sobre o carro, o solvente evapora, deixando aquela pasta seca, mais fácil de ser polida. Antes disso, é altamente inflamável. Por isso, o aviso: “Mantenha afastado do calor e de chamas”.

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    LIXA – Silicato de alumínio
    Genericamente chamado de “mineral”, os minúsculos grãos de silicato funcionam como uma lixa, limpando a pintura oxidada e realçando a cor que está por baixo da tinta velha. Por isso, a estopa pode ficar com a cor do carro. E é por isso também que não dá pra abusar desse ingrediente: cada vez que ele é aplicado, a pintura fica um pouco mais fina.

    INTOXICA – Hidróxido de amônio
    Derivado da amônia, um gás incolor tóxico e corrosivo. Com a parte corrosiva não precisa se preocupar: a quantidade presente na cera não vai estragar a lataria. Mas com o fator tóxico, sim. Tanto que se recomenda usar óculos, luvas e lavar as mãos após o uso. O risco compensa: o hidróxido controla a acidez da cera, fundamental para a sua conservação.

    Fontes: Afonso Neto, professor de química da UFRN; Associação Brasileira da Indústria Química; Fernando Dutra, professor de química Unicsul; Elizabeth Scheffer, coordenadora do curso de química da UEPG; Keila Melo, doutora em química pela UFRN; Omar A. El Seoud, professor do Instituto de Química da USP; Tereza Dantas, professora de química da UFRN; Valmir Felippe, químico da 3M responsável pelo produto; Wagner Polito, professor do Instituto de Química de São Carlos, da USP.

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