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Surpresa: a maioria das mulheres não liga muito para o tamanho do pênis

Ao redor do mundo, as medidas do “documento” dos homens variam muito - e mesmo assim, eles acabam superestimando o tamanho ideal.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 23 ago 2016, 16h15

Segundo a ciência, o que você acha que é um pênis “ideal” provavelmente está distante da realidade. Seja inspirada pela indústria pornográfica ou pela pressão entre os amigos, a importância do tamanho do documento masculino chegou até na política – com Donald Trump desesperado por combater artistas e críticos que fazem insinuações de que seu pênis seja pequeno.

Mas uma pesquisa que entrevistou 2 mil pessoas garante que o assunto pode ser tratado com bem mais leveza. Em primeiro lugar, ela mostra que as pessoas tendem a superestimar o tamanho médio do pênis. Na Polônia, por exemplo, os participantes chutaram que o pinto médio teria 15,7 cm. Na prática, como mostra esse mapa interativo dos tamanhos de pênis ao redor do mundo, o mediano fica nos 14,2 cm. Quando os pesquisadores perguntaram qual tamanho os poloneses achavam “ideal”, o exagero foi maior ainda: 17,3 cm, um intervalo 3,1 cm a mais que o “normal” no país.

 

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E toda essa idealização tem pouco efeito prático, ao menos no sexo heterossexual: os resultados da pesquisa indicam também que a satisfação sexual das mulheres tem pouca relação com o tamanho do pênis. A enorme maioria das participantes, 67,4%, disse que tamanho é moderadamente importante e que está longe de ser um fator de relevância primordial na hora do sexo. Já 21,4% foram ainda mais radicais: afirmaram que as medidas do amigão dos rapazes não importam nem um pouco para elas. Só 11,2% das mulheres disse ligar para esse aspecto e, para essa minoria, tamanho apareceu como “muito importante”.

Os responsáveis pela pesquisa quiseram saber o quanto o tamanho do pênis afeta a confiança sexual deles. Só 15,8% reclamaram que o comprimento traz insegurança e acaba atrapalhando a performance. Mas, para a maioria, 59,4%, as medidas não faziam diferença alguma e o tamanho até ajudava 24,7% deles a se sentirem melhor consigo mesmos.

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A maioria dos homens se declarou satisfeito com o próprio pênis – mais de 58,5% deles só tinham coisas positivas a dizer sobre o “amigo”, enquanto apenas 12% estavam desgostosos.

Tanto a confiança sexual quanto a satisfação com o pênis tem relação com a idade. O número de rapazes satisfeitos com o próprio pênis aumentou na faixa acima dos 45 anos e o número de insatisfeitos caiu pela metade. E, enquanto 3% dos participantes se declarou “muito insatisfeito” na faixa dos 18 aos 24 de idade, entre os mais velhos ninguém marcou essa resposta, dando a entender que a autoaceitação aumenta conforme os homens vão amadurecendo.

Vale lembrar que os participantes da pesquisa eram todos europeus ou americanos. Isso deixa de fora as populações que, segundo o mapa interativo, estão nos extremos do gradiente peniano: africanos e latino americanos aparecem nos primeiros lugares com pênis acima dos 17 cm. Já as últimas posições ficam com os asiáticos, com tamanho médio abaixo dos 11 cm. O mapa, inclusive, une dados de pesquisas acadêmicas com uma coleta de dados própria pela internet. Para participar e ajudar na montagem do retrato mundial dos pênis por país, você pode clicar aqui.

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