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Você tem cara de quê? Cada nome tem um estereótipo, diz estudo

Estudo com inteligência artificial aponta que, na nossa mente, pessoas com o mesmo nome têm aparência parecida - e cientistas veem um fundo de verdade nisso

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 mar 2017, 19h11 - Publicado em 10 mar 2017, 15h55

Já te disseram que você tem cara de Júlia ou de Felipe? Um novo estudo feito em Israel sugere que isso pode ser culpa do seu rosto. Fazendo testes com inteligência artifical, pesquisadores encontraram indícios que associamos características físicas para cada nome – e a pesquisa chega até a apontar que pessoas com o mesmo nome poderiam ter alguns traços parecidos.

Os cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém treinaram um computador com uma base de dados de 94 mil rostos – uma amostra muito maior do que qualquer cérebro humano conseguiria digerir. A ideia era que o computador procurasse algum tipo de relação entre os rostos das pessoas com o mesmo nome. Depois, essa hipótese foi colocada em teste: o computador tinha que analisar um rosto que nunca tinha visto antes e escolher qual era o nome do fotografado. O computador acertou entre 54% e 64% dos nomes – alguns eram mais difíceis que os outros.

Pode parecer um número alto, mas o estudo tem limitações. Uma delas é de que o computador só tinha que escolher um nome entre duas opções. Ou seja, chutando, ele teria 50% de chance de acertar. Nos melhores resultados, então, o computador estava apenas 14% acima do acaso.

Foi mais ou menos a mesma coisa que o estudo encontrou quando pediu para que voluntários humanos tentassem adivinhar o nome de pessoas olhando apenas para seu rosto. Só que eles tinham 5 alternativas de múltipla escolha (20% de chance de acertar no chute). Acertaram 30%.

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Apesar da baixa diferença percentual, os pesquisadores ainda acham que esbarraram em um fenômeno curioso. Eles acreditam que os resultados indicam que o cérebro associa certas características para cada nome, criando uma imagem mental de um “João” ou uma “Larissa”.

Mesmo com pouca evidência, o computador encontrou alguma espécie de correlação entre nomes e rostos. E é claro que existe algo de cultural nisso: se você vê um rosto latino, provavelmente vai  apostar que ele se chama Jose Montero, e não Hugh Latimer. É a mesma coisa em outras comunidades étnicas: alguns nomes são mais populares que os outros e passam a ser associados a esse estereótipo.

Mas, para os pesquisadores, pode existir um outro elemento nessa correlação. Enquanto nosso nome depende de quem somos… Quem somos também pode depender do nosso nome. Como assim? Bem, se existe um estereótipo associado ao seu nome, a tendência é que você sinta a pressão, mesmo inconsciente, de se adequar a esse rótulo.

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Profecia auto realizada

“Temos conhecimento de processos semelhantes com outros estereótipos de raça e gênero, em que as expectativas afetam aquilo em que nos tornamos”. Uma menina chamada Joy (alegria, em inglês), teria, então, mais pressão para ser percebida como alguém feliz – e longos anos expostas ao mesmo estereótipo poderiam tornar a aparência das Joys mais sorridente.

Mas a pesquisa esbarrou em outra limitação importante: nossa capacidade de associar nome ao rosto cai muito caso a pessoa seja de um país diferente do nosso. Provavelmente não temos estereótipos tão fortes para nomes estrangeiros. Aqui no Brasil, então, ninguém esperaria que uma Joy sorrisse. Mas, se formos seguir a hipótese dos pesquisadores, as Marias das Graças seriam grandes piadistas.

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