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A China da China

Os chineses ganham mal. Mas as empresas de lá querem pagar menos ainda - e estão indo para a África.

Por Patrícia Noriyassu
Atualizado em 31 out 2016, 19h03 - Publicado em 1 dez 2015, 15h15

Operário chinês come o pão que o diabo amassou. Ganha pouco, trabalha demais, vive mal. Tanto que, em 2010, houve nada menos do que 14 suicídios na Foxconn, que produz os gadgets da Apple e de várias outras marcas ocidentais. Preocupado com a repercussão negativa, o governo tem tentado melhorar as coisas – na região de Shenzen, onde fica a maior parte das fábricas de tecnologia, o salário mínimo subiu 25% nos últimos dois anos (e hoje é de R$ 766). Mas isso desagradou às empresas, que estão migrando para um lugar onde a mão de obra é mais barata: a África. ”Para sobreviver, muitas se deslocaram para o interior da China ou para países em desenvolvimento, como os africanos”, diz a chinesa Xiaofang Shen, professora de estudos internacionais da Universidade Johns Hopkins, nos EUA. Supostamente, isso é necessário para que as empresas chinesas possam manter sua principal característica: os preços ultrabaixos.

Mais de 2.500 empresas chinesas já estão instaladas no continente africano, em países como Nigéria, África do Sul, Zâmbia, Gana e Etiópia, onde os salários são bem pequenos. Na Etiópia, por exemplo, um operário ganha de US$ 30 a US$ 50 por mês. Eles produzem calçados, roupas, material de construção, eletrodomésticos e até automóveis. É possível que, ao comprar alguma coisa bem barata, vejamos cada vez menos a inscrição Made in China – e cada vez mais Made in Africa.

Leia mais: China: O despertar do dragão

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