Antonio Prata fez cocô nas calças. Quando tinha quatro anos, mas fez. Ou pelo menos é o que ele diz. Em Nu, de Botas, o cronista relembra várias passagens da sua infância, mas não garante que todas sejam reais – mesmo porque não dá para confiar na memória de uma criança de quatro anos. E a verdade é que, fictício ou não, o pequeno Antonio é um dos melhores personagens da nossa literatura nos últimos tempos.
Nu, de botas, Antonio Prata, Cia. das Letras, R$ 31.
A infância de Antonio foi na na década de e ele era fã do Bozo.
Era tão fã que um dia ligou para o 236-0873, o número que aparecia na tela durante o programa. E falou com o palhaço.
Antonio tinha um penico da Turma da Mônica.
Ele ouviu na TV que o mundo ia acabar no ano 2000. Ficou chateado: não ia mais poder brincar na rua.
Sempre que acordava, ele procurava um sinal de doença para poder fugir da escola. Odiava quando a mãe pegava o termômetro e dizia: 36,5ºC
Um dia, fez arte e foi se esconder num cantinho do lavabo. Calculou que poderia ficar lá por 24 meses – depois disso, já estaria muito grande e não caberia mais.
Palavras-chave: quantas vezes elas aparecem no livro
Turma da Mônica – 9
Adulto – 27
Mãe – 142
Cueca – 33
Cocô – 21
Mundo – 50