As 6 melhores séries de 2016
Luzes piscantes, robôs rebeldes, rainhas mulheres: as séries arrebentaram mais uma vez esse ano (cuidado: spoilers à frente)
1. Stranger Things
Quatro amigos nerds (e fofinhos) que sofrem bullying na escola. Uma garotinha com poderes telecinéticos (que também é uma cobaia de laboratório). Adolescentes e seus dramas. Anos 80. Stranger Things é nostalgia, boa música e roteiro impecável direto na veia – ou seja, muita coisa boa. Enquanto você se identifica com os personagens (e cai de amores pela Eleven), a história de mistério e ~coisas estranhas~ vai te envolvendo até que, do nada, chega o último episódio e você fica mais triste que a Joyce procurando pelo filho. Stranger Things, que estreou em julho na Netflix, foi uma das melhores surpresas do ano (e fez até as vendas de luzinhas de natal dispararem). Foi, também, uma das séries com mais indicações a prêmios: foram três nomeações ao SAG Awards (um dos prêmios mais importantes em termos de séries), duas ao Globo de Ouro (incluindo melhor atriz para Wynona Ryder) e uma ao Critics Choice Television – por melhor série.
2. Westworld
Em um futuro próximo, existe um parque chamado Westworld, com tema velho oeste. Não, não é besta: lá, você pode ser o que quiser, de bandido a mocinho; de aventureiro ao cara que bebe até cair no saloon. Para sua experiência ser completa, o parque é cheio de robôs 100% realistas, cada um deles com um papel definido (mocinha da cidade, xerife, ladrão etc.), e todos estão lá apenas para servir você. Só que a empresa que controla o parque não é exatamente o que parece, e quando alguns robôs começam a funcionar de um jeito esquisito, a coisa pega fogo.
Taí a trama de Westworld, a novidade da HBO que mistura cowboys, robôs com inteligência artificial, intrigas empresariais e “viagens” no tempo (mas não de um jeito ruim, como Lost fez. Desculpa, mas é verdade). A série, baseada em um filme de mesmo nome de 1976, foi indicada a uma montanha de prêmios, incluindo o Globo de Ouro de melhor série de drama, e diversas nomeações de melhor atriz para Evan Rachel Wood, que interpreta Dolores. Ah, e detalhe: é a série que a gente aqui da SUPER mais acertou nas teorias. Apesar do enorme sucesso (e das portas abertas para coisas como uma revolta robô), vai demorar para voltarmos a ficar online: Westworld só volta em 2018. Até lá, descanse em um sono profundo e sem sonhos…
3. Black Mirror
O que poderia ser melhor do que uma série que te dá um tapão na cara a cada episódio e expõe suas piores falhas na forma de narrativas extremamente perturbadoras? Resposta: nada. Nada é melhor do que os episódios terrivelmente interessantes de Black Mirror, que têm apenas uma premissa: cada um deles se baseia em uma tecnologia (real ou não) para desenvolver uma história perturbadora. Daí, tem desde um implante cerebral que permite que você assista suas memórias como um filme até um programa que usa seus posts nas redes sociais para criar seu clone digital.
Se você mora embaixo de uma pedra e nunca ouviu a expressão “isso é mó Black Mirror”, só tem duas coisas que você precisa saber sobre a série: primeiro, ela vai desgraçar sua cabeça; segundo, cada episódio é quase tão grande quanto um longa metragem, mas também é independente dos outros. Então, você pode assistir fora de ordem (inclusive, sem ligar muito para as temporadas: só veja aqueles cujos títulos te chamam atenção).
Até o ano passado, Black Mirror era da inglesa Channel 4, e só tinha duas temporadas de três episódios (e mais um especial de natal bem TENSO). Mas, para a alegria (ou terror) dos fãs, esse ano a Netflix comprou a série e já lançou, de cara, seis episódios terríveis (menos “San Junipero” que é <3).
4. Game of Thrones
Não dá para falar das melhores séries do ano sem mencionar Game of Thrones, fenômeno mundial que fez as pessoas pararem no domingo para assistir a cada nova morte de um personagem querido. Ou então, esperarem até às 2h da manhã para baixar um piratão. Ou, em casos mais extremos, assassinarem amigos que adoram soltar o famoso spoiler. Tá certo que GoT não começou em 2016 (foi em 2011), mas a sexta temporada, lançada esse ano pela HBO, foi incrível: teorias mais antigas que a Muralha se confirmaram, descobrimos porque Hodor tem esse nome, Daenerys FINALMENTE vai sair daquele lugar maldito que a gente não aguentava mais, Jon Snow morreu e voltou e a Arya está arrasadora. Se você não sabe que diabos é Game of Thrones (oi?), a gente explica: é uma trama política que se passa em um mundo medieval semelhante à Terra (mas onde as estações duram anos e há magia e dragões). Basicamente, a série é sobre a briga de vários clãs pelo trono. Só treta.
Infelizmente, o inverno vai demorar pra chegar às nossas TVs: a próxima temporada vem só no segundo semestre de 2017 (tudo porque as filmagens vão precisar de muita neve para rolar). Enquanto isso, que tal experimentar umas bebidinhas inspiradas na série?
5. Unbreakable Kimmy Schmidt
Kimmy Schmidt é uma mulher que, aos 16 anos, foi sequestrada por um pastor maluco que a prendeu em um bunker – dizendo que o fim do mundo estava chegando e ele iria salvá-la. Anos depois, já adulta, Kimmy é resgatada e decide aproveitar a vida. O que poderia ser uma série dramática acaba virando uma comédia maluca, porque Kimmy parou no tempo: ela é uma adolescente de 30 anos, irritantemente otimista, que não fala palavrões, adora bandas do final dos anos 80 e se veste mais ou menos como uma Barbie da época – e que precisa descobrir o que são iPhones, selfies, Kardashians e Beyoncé. Acredite: é hilário (afinal de contas, Unbreakable Kimmy é criação da Tina Fey, também conhecida como uma das comediantes mais engraçadas dos EUA).
6. The Crown
Se Game of Thrones é a melhor ~trama política~ fictícia, The Crown com certeza é isso, só que da vida real. A série, recém lançada pela Netflix, conta a história do início do reinado de Elizabeth II, do Reino Unido, e narra as inseguranças, os medos, o machismo e as pressões políticas a que foi submetida a líder. Afinal de contas, não era comum uma mulher no poder naquela época (estamos falando dos anos 50). Os 10 primeiros episódios narram desde o casamento da rainha com o príncipe Phillip, em 1947, até meados de 1955 – e o legal é que a gente acompanha o amadurecimento de Elizabeth. Realmente, valeu a indicação de Claire Foy, que interpreta a rainha, ao prêmio SAG de melhor atriz em um papel principal em drama – indicação que ela divide com Wynona Ryder (a Joyce de Stranger Things) e Millie Bobby Brown (Eleven, também de Stranger Things). E relaxem, fãs das intrigas reais: uma segunda temporada já está prevista para o ano que vem e, como a ideia da série é representar a vida da rainha até os dias de hoje, é provável que The Crown continue por bastante tempo.