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Como a greve dos roteiristas de 2007 afetou Hollywood

Neste ano, mais de 11 mil roteiristas entraram em greve nos EUA, exigindo melhores salários e condições de trabalho. Relembre como foi a última manifestação da categoria.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 18 Maio 2023, 10h53 - Publicado em 18 Maio 2023, 10h51
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  • Neste ano, mais de 11 mil roteiristas entraram em greve nos EUA, exigindo melhores salários e condições de trabalho. Relembre como foi a última manifestação da categoria.

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    O motivo

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    Montagem com frases de reivindicação ao direito de escritores cartaz vetorizado.
    (Arte/Divulgação/Montagem sobre reprodução)


    Parte da renda de um roteirista nos EUA vem de residuals – um dinheiro extra que é pago sempre que há uma reprise de filme ou episódio de série em que ele colaborou. Em 2007, a principal pauta do sindicato era o crescente consumo de DVDs – alegavam que o repasse da grana desse mercado aos escritores era injusta (a discussão, hoje, é o streaming).

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    Para tudo

    Montagem com a foto do apresentador Conan O'Brien em um cartaz vetorizado.
    (Arte/Divulgação/Montagem sobre reprodução)

    60 programas de TV foram afetados, além de dezenas de filmes – mesmo durante as filmagens, é comum haver reescritas de roteiro, algo que a greve também brecou. Os talk shows diários foram os primeiros a parar. Algumas semanas depois, voltaram – sem roteiristas. O jeito foi improvisar: num dos casos mais famosos, o apresentador Conan O’Brien testou por quanto tempo ele conseguia manter um anel girando em cima da mesa:

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    Altos e baixos

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    Montagem com a foto de divulgação da série Heroes em um cartaz vetorizado.
    (Arte/Divulgação/Montagem sobre reprodução)

    Naquele ano, séries de TV foram encurtadas: The Office teve 19 episódios contra os 24 habituais (o ator Steve Carell, em apoio à greve, recusou-se a gravar mesmo os capítulos com roteiro finalizado). E alguns programas saíram mais prejudicados do que outros. Heroes recebeu elogios quando estreou, em 2006. A greve deixou a 2a temporada com apenas 11 episódios, e as alterações na história afastaram o público. A série acabou cancelada dois anos depois.

    Os fãs agradecem

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    Montagem com cena da série Breaking Bad em um cartaz vetorizado.
    (Arte/Divulgação/Montagem sobre reprodução)

    A temporada inaugural de Breaking Bad teria 9 episódios; com a greve, foram 7. Parece pouco, mas foi o suficiente para que o criador da série, Vince Gilligan, revisse alguns pontos da história. Originalmente, o personagem Hank (Dean Norris) morreria no último capítulo da temporada, e Skyler (Anna Gunn) descobriria que seu marido, Walter (Bryan Cranston), produzia drogas – algo que só aconteceu mais para frente.

    Sem prêmio

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    Montagem do trofeu do Globo de ouro em um cartaz vetorizado.
    (Arte/Divulgação/Montagem sobre reprodução)

    A greve durou 100 dias e acabou em fevereiro de 2008. Por causa dela, não houve cerimônia do Globo de Ouro – o prêmio, que costuma ser entregue em janeiro, é todo roteirizado. A paralisação envolveu 38 mil trabalhadores e teve um impacto de US$ 2 bilhões na economia de Los Angeles, onde fica Hollywood. E olha que ela nem foi a maior greve da categoria: em 1988, os roteiristas pararam por 153 dias.

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