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Como funciona o fliperama?

Cada máquina é um jogo à parte, com roteiros e estratégias diferenciados para definir a premiação por pontos.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 Maio 2001, 22h00

Edição: José Augusto Lemos

Esse brinquedo desafia a lei da gravidade, exigindo que se controle o movimento sempre acelerado de uma bola metálica em um plano inclinado. Cada máquina é um jogo à parte, com roteiros e estratégias diferenciados para definir a premiação por pontos. Todas, porém, obedecem a um esquema básico: uma estrutura de bobinas que abrem e fecham circuitos elétricos ao serem atingidas pela bolinha. Esta, por sua vez, é direcionada pelos flippers (barbatanas, em inglês), instrumentos de ataque e defesa com que o jogador tenta manter a bola em jogo durante o máximo de tempo possível. “É um verdadeiro prodígio de mecatrônica, como chamamos a combinação de engenharia mecânica com engenharia eletrônica”, afirma Celso Furokaoa, professor de mecatrônica da Universidade de São Paulo (USP). A máquina foi criada em 1947, nos Estados Unidos, pelo engenheiro Harry Mabs da empresa Gottlieb, especializada em brinquedos elétricos.

Batizado com o nome pinball (bola ao pino), o jogo tornou-se uma mania mundial, atingindo o auge de sua popularidade em 1975 quando chegaram a ser fabricadas 500 máquinas por dia. “Dos anos 80 para os 90, ela se tornou cada vez mais computadorizada, com uma CPU comandando todos os circuitos. Mesmo assim, os mecanismos continuaram basicamente os mesmos”, diz Alexandre Moraes, engenheiro eletrônico especializado na manutenção das máquinas de fliperama das lojas Playland. A má notícia é que o brinquedo não deve sobreviver ao novo milênio: a americana WMS, última empresa a fabricá-lo, decidiu encerrar a produção no ano passado.

ja.lemos@abril.com.br

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Fogo cruzado

Máquina promove tiro ao alvo entre circuitos elétricos
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1. As peças principais do fliperama ficam ocultas: são conjuntos de lâminas e bobinas interligadas por circuitos elétricos. Eles são responsáveis tanto pela movimentação dos flippers, quanto pelos obstáculos que reagem ao serem atingidos pela bolinha, acendendo luzes e somando pontos

2. Uma ficha dá início à partida. Quando ela é introduzida na máquina, aciona um circuito elétrico que emite um sinal especial para abrir o interruptor que prende as bolinhas no interior do aparelho

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3. As bolas ficam armazenadas na parte superior da mesa, sob o tampo. Elas são liberadas, uma de cada vez, para o corredor onde uma alavanca, puxada pelo jogador, impulsiona a bolinha em direção ao tabuleiro. Como o plano é inclinado, ela desce pela superfície em alta velocidade, o que torna a brincadeira mais difícil e emocionante

4. A habilidade do jogador é testada quando a bolinha chega à altura dos flippers. Cada um deles é controlado por uma das mãos, exigindo reflexos ágeis e mira apurada na hora de calcular a força da pancada e a angulação necessárias para dar à bola o percurso que marcará mais pontos. Este, obviamente, varia de uma máquina para outra

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5. Por toda a mesa, estão espalhadas simetricamente as estruturas que desviam o percurso da bolinha e premiam o jogador. Essas estruturas escondem lâminas e bobinas que acionam circuitos elétricos que, por sua vez, enviam a soma de pontos ao contador no painel da máquina. Em algumas máquinas, essas bobinas funcionam como ímãs, atraindo magneticamente a bola

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