Um pouco de papo-cabeça. Sobre cabeça. Até a década de cinqüenta, era regra que psicólogos e pesquisadores do comportamento humano evitassem assuntos como: mente, pensamento, sonho ou imaginação. Acreditava-se que toda atividade psicológica pudesse ser explicada adequadamente sem a necessidade de se recorrer a estas “misteriosas entidades mentalistas”, como diziam os pensadores da época. Quer dizer: os indivíduos eram vistos como simples refletidores do ambiente em que viviam. Mas, à partir dessa época, cientistas como os americanos Karl Lashley, John von Neumann e Norbert Wiener passaram a defender a idéia de que o comportamento humano, ao invés de ser imposto por fora, como se acreditava, possui “uma organização que emana de dentro do organismo”. Acabaram criando o que se denominou de “ciência cognitiva”, a ciência do conhecimento. Esse difícil e polêmico assunto é tratado de forma brilhante pelo americano Howard Gardner, em A Nova Ciência da Mente (Edusp, 456 páginas). Leitura complexa, para quem (realmente) se interessa pelo assunto.
Preço: R$ 28,50
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