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Como o Trio Elétrico faz a festa no Carnaval?

Como é a festa do caminhão adaptado que é símbolo do Carnaval de Salvador, onde não há sambódromo como os de São Paulo e Rio, e que arrasta 2 milhões de foliões em sua traseira.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h04 - Publicado em 21 fev 2011, 22h00

Larissa Santana, Renata Steffen, Paulo Darcie e Dw Ribatski

1. Concentração
Os trios estacionam em fila em uma avenida próxima ao ponto de partida, na ordem de apresentação. Artistas chegam cerca de duas horas antes da saída e entram no trio no meio do povão.

2. Caminhão
• 4 horas de Carnaval na rua
• Velocidade de até 2 km/h.
• 26 metros de comprimento, 4 de largura, 6 de altura, em média.
• Caixas de som com 150 mil watts de potência, quase igual à usada em festivais como SWU.
• Volume máximo do som: 110 decibéis, igual a uma britadeira funcionando.

3. Carro de apoio

Tem até 22 banheiros químicos femininos e um masculino (mais mictório de até 6 metros de comprimento). Um bar vende comida e bebida, inclusive alcoólica. No piso superior há camarote para até 150 convidados.

4. Palco
É apertado: geralmente 12 músicos se espremem no palco, além de produtores, assistentes, cinegrafistas e fotógrafos. Dois camarotes recebem 60 convidados da banda e dos patrocinadores.

5. Foliões
Para ficar perto do trio e usar o carro de apoio é preciso comprar o abadá, a camiseta do bloco. Chega a custar R$ 1,2 mil para um único dia (e um único bloco). Quem não paga fica na “pipoca”, longe do trio.

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6. Cordeiros
Seguram a corda que separa a pipoca dos foliões com abadá. Os maiores trios chegam a ter 1 200 cordeiros, que trabalham munidos de luvas, protetor solar, protetor de ouvido, biscoitos e água.

7. Camarins

Banheiro, sofás, TVs de lcd, micro-ondas e geladeira cheia, tudo num espaço de mais ou menos 12 m2. Funcionários repõem a comida, limpam o espaço e cuidam do figurino dos artistas.

8. Final
Quando a banda para, o motorista estaciona o trio em ruas interditadas. Se forem desfilar no dia seguinte, os trios esperam todos os blocos passar e voltam em fila, na contramão, para o ponto de partida.

Fontes Edil Carregosa, produtor do bloco Eva; Percival Bispo, presidente do Sindicato dos Cordeiros e Pessoal de Apoio de Entidades Carnavalescas da Bahia (Sindcorda); Salvador Turismo (Saltur).

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