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Conversamos com Zach Weinersmith sobre o livro “Logo, Logo”

O futuro... já começou?

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 jul 2018, 15h53

O fogo permitiu ao Homo erectus se tornar o Homo sapiens. A internet talvez faça algo ainda maior. Mas e agora? Quais tecnologias têm mais potencial para mudar tudo? O casal Zach e Kelly Weinersmith, um quadrinista e uma bióloga, se juntaram para escrever Logo, Logo, um livro recheado de cartuns que tenta adivinhar o futuro. Conversamos com Zack sobre a empreitada.

Conversamos com Zach Weinersmith sobre o livro “Logo, Logo”

Qual é a parte mais difícil de tentar prever o futuro?
O grande problema é que há muita coisa acontecendo ao mesmo tempo: diversas experiências e campos de atuação – e ninguém consegue concentrar toda essa informação para apontar o que é mais importante. A próxima revolução tecnológica pode partir de algo que ninguém está prestando muita atenção hoje. Os computadores pessoais, por exemplo, não foram vistos como algo tão revolucionário assim quando surgiram.

Qual foi a coisa mais interessante que você descobriu enquanto fazia o livro?
Eu amo assuntos espaciais, mas o campo da biologia é realmente maluco. Existe um projeto de usarem bactérias para coletar informações sobre seu corpo. Você ingere um micro-organismo que passa por todo seu sistema digestivo. No fim, ao recuperá-lo, você pode gerar um relatório sobre como está a sua saúde, com tudo que ele descobriu.

Mas e entre as tecnologias que já existem hoje? Qual tem mais potencial revolucionário?
Os foguetes reaproveitáveis, definitivamente. A SpaceX já está fazendo isso, e tudo tende a ficar ainda melhor com o tempo. Estima-se que, em breve, os custos de ir ao espaço diminuam em até 90% – mas mesmo que diminuam só 50%, já é assombroso.

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Pesquisar para esse livro deixou você e a Kelly mais otimistas em relação ao futuro? Ou mais assustados?
Eu até queria dizer que estamos otimistas, mas não é a verdade. Há, por exemplo, pesquisadores empenhados em deixar a humanidade mais inteligente. Uma dessas saídas seria com implantes cerebrais que nos avisem (ou a nossos chefes) quando perdemos a atenção. Em pilotos de avião, isso pode salvar vidas. Mas e nos escritórios? Dá medo.

Logo, Logo: Ed. Intrínseca, R$ 59,90

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