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Filmes com mulheres protagonistas atraem mais público (e dinheiro)

Pesquisa analisou as 350 maiores bilheterias entre 2014 e 2017. Veja os resultados.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 dez 2018, 19h24

Holywood parece estar mudando – e para melhor. Na última quarta-feira (12), uma pesquisa divulgada pela agência Creative Artists mostrou que filmes com mulheres em papéis principais atraem mais público (e, consequentemente, mais dinheiro).

O estudo analisou as 350 maiores bilheterias de 2014 a 2017. Desse total, 105 foram categorizadas como produções com protagonistas femininas, contra 245 estreladas por homens. O método de classificação foi observar se o nome das atrizes aparecia logo no início dos materiais de divulgação dos filmes.

Os longas foram em divididos em blocos, de acordo com o orçamento de cada um. Depois, foi feita uma média com a quantia arrecadada de cada produção, e os filmes com mulheres protagonistas foram comparados aos que não têm elas nos papéis principais.

Veja uma parte dos resultados no gráfico abaixo:

gráfico cinema
(Arte/Reprodução)
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Teste de Bechdel

O que Mulher-Maravilha, os novos Star WarsJogos Vorazes e até A Bela e a Fera têm em comum? Além do desempenho nas bilheterias, todos passaram no Teste Bechdel.

A gente explica: ele serve para avaliar se um filme faz bom uso dos personagens femininos. Foi criado em 1985 pela cartunista Allison Bechdel, como forma de ironizar a representação das mulheres em Hollywood.

Basicamente, um filme precisa seguir três regras:

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1. Deve haver ao menos duas personagens mulheres.

2. Elas precisam conversar entre si no mínimo uma vez.

3. O papo não pode ser sobre homens.

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O site bechdeltest.com mantém uma lista dos lançamentos dos últimos anos e aplica o teste neles. Por mais simples que pareça, boa parte dos longas não passam.

A pesquisa do Creative Artists também mostrou que filmes aprovados no Teste de Bechdel se saem melhor nas bilheterias. De 2014 a 2017, onze longas ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão e, apesar de alguns não serem protagonizados por mulheres, todos passaram no teste.

Para entender se esse é um fenômeno recente, o levantamento voltou até 2012 – e o cenário se repete: todas as produções que alcançaram mais de US$ 1 bilhão cumpriram os requisitos do teste. O último filme do gênero reprovado foi O Hobbit: Uma Jornada Inesperada.

Quando o assunto é representatividade e empoderamento, todo mundo sai ganhando.

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