Livro da semana: “Em Busca da Memória”, de Joseph Jebelli
O livro é uma biografia sensível da doença de Alzheimer. O autor passa pela descoberta, causas, pesquisas recentes e possíveis tratamentos para a doença caracterizada pela perda de memória.
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Até o século 20, acreditava-se que os sintomas de demência eram consequências naturais da idade avançada. As pessoas envelheciam, ficavam mais esquecidas, começavam a agir de forma estranha – e então morriam após alguns anos.
Esse declínio cognitivo gradual não chamava tanto a atenção porque acontecia com uma boa parte das pessoas que passavam dos 65 anos – que, até o século 19, não eram muitas.
Não é à toa que a doença de Alzheimer foi diagnosticada pela primeira vez em um caso raro e excepcional: uma mulher de 50 anos chamada Auguste Deter. O médico Alois Alzheimer pediu para que ela escrevesse seu nome em uma folha de papel, mas Auguste se perdia no meio da escrita.
O médico, então, acompanhou a progressão da doença até a morte de Auguste em 1906, aos 55 anos. Alzheimer descreveu pela primeira vez a doença caracterizada pela perda de memória – e que hoje leva o seu nome.
Essa é uma das histórias presentes no livro “Em busca da memória”, do neurocientista britânico Joseph Jebelli. O autor conviveu com a doença de perto. Quando ele tinha 12 anos, seu avô começou a agir de forma estranha, e em poucos anos não conseguia mais reconhecer ninguém da família.
Como qualquer parente de um paciente com Alzheimer, Jebelli procurava respostas: o que causa a doença? Por que algumas pessoas desenvolvem Alzheimer e outras não? Como os tratamentos funcionam? Existe cura?
O resultado desses questionamentos é uma biografia sensível da doença de Alzheimer. O livro passa pela descoberta da doença, faz um raio-x do que ocorre com os neurônios dos pacientes e aborda os tratamentos e pesquisas mais recentes sobre o assunto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, mais de 152 milhões de pessoas sofrerão com Alzheimer – que pode, inclusive, ultrapassar o câncer e se tornar a segunda maior causa de morte do mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Para combater uma das doenças mais cruéis que existem (tanto para o paciente quanto para os familiares), é preciso, antes de tudo, entendê-la.
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