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Manual: como fazer grafite?

Das técnicas de desenho aos truques com as latas de tinta, veja o que você precisa saber antes de sair colorindo muros ruas afora.

Por Rafael Battaglia
30 jul 2024, 10h00

Aula de tipografia

Ilustração de grafite com as palavras
(Cajila Barbosa/Superinteressante)

Conheça as principais letras. A bomb (ou bubble) é aquela mais gordinha e arredondada. Sua escrita costuma ser rápida e com poucas cores. Há também as letras 3D, feitas com linhas retas e com mais detalhes, como textura, sombra e, claro, profundidade. A wildstyle (“estilo selvagem”) deriva do 3D e as letras se entrelaçam.

Baby steps

Ilustração de stencils com a figura do Oráculo da Super.
(Cajila Barbosa/Superinteressante)

Comece rabiscando no papel com lápis e canetinhas. Aprenda fundamentos da técnica dos desenhistas, como plano de fuga (para criar perspectiva) e anatomia (para criar personagens). Depois, pratique em telas, para ter contato com as tintas. Vale conhecer também o estêncil, técnica que usa um molde recortado (de papelão, por exemplo).

Na lata

Ilustração de uma pessoa pintando com tinta spray.

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Para controlar melhor o spray, os grafiteiros aliviam a pressão da lata virando-a de ponta-cabeça e apertando a válvula (o que libera gás, mas não tinta). Há também diferentes tamanhos de bico (os caps), que mudam a espessura do traço. Como as latas são caras, os artistas usam tinta convencional sobretudo para pintar o fundo e preencher desenhos.

Na régua

Ilustração de uma menina grafitando no muro.
(Cajila Barbosa/Superinteressante)

Para manter as proporções de um desenho feito no papel ao transferi-lo para um mural, utiliza-se um grid. Os artistas enchem a parede com números ou com uma malha quadriculada, e aplicam essa mesma guia no desenho original (à mão ou no Photoshop). Assim, é possível saber o real tamanho que cada elemento do desenho precisa ocupar na parede.

Para saber mais

– Não tem onde pintar? Procure oficinas e festivais de grafite que oferecem espaço a iniciantes. E tente ser assistente de grafiteiros experientes em grandes projetos.

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– Outra opção é pedir para um vizinho liberar o muro para a sua arte. Só não vale “atropelar” (apagar ou pintar sobre o grafite de alguém sem o devido consentimento).

– Tintas especiais para grafite duram mais que as convencionais. Mas mesmo elas desbotam com o tempo. Tudo bem: o grafite é uma arte efêmera.

– O grafite não é só uma estética. Ele é um pilar do hip-hop, junto com o rap, os DJs e o breaking. Conhecer o movimento é tão importante quanto dominar a técnica.

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Agradecimentos: Paula Lage, produtora-executiva do Fábrica de Graffiti, e Leandro Hisne, arte-educador do Fábrica de Graffiti.

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