André Breton
NOME ORIGINAL_Nadja (França)
EDIÇÃO NO BRASIL_ Imago; 1999
DO QUE TRATA
Narrado em primeira pessoa, o livro conta os encontros e conversas do autor, em vários pontos de Paris, com uma mulher enigmática e perturbada chamada Nadja – palavra russa para esperança. O texto é complementado por 44 fotos de lugares, pessoas e objetos ligados a ela ou que inspiraram o autor. Ao final, Nadja vai para um manicômio.
QUEM ESCREVEU
Breton (1896-1966) foi um dos nomes mais importantes do surrealismo, movimento de vanguarda que surgiu em Paris no início do século 20 que enfatizava o papel do inconsciente na criação artística. Formado em Medicina por imposição da família, trabalhou na Primeira Guerra num centro neuropsiquiátrico. Em 1921, foi a Viena e conheceu Freud, cujas idéias serviram-lhe de inspiração. Após a ocupação alemã na França, emigrou para os Estados Unidos, retornando a seu país apenas em 1946.
POR QUE MUDOU A HUMANIDADE
Nadja é a mais bem-acabada obra do surrealismo. Para Breton, a liberdade pessoal e social estava no inconsciente. Por isso, ele e seu grupo buscavam dissociar o pensamento do racionalismo que dominava na época, afastando a criação artística das preocupações estéticas ou morais. Com Nadja, o autor passeia por uma nova realidade, formada por sonhos, fantasias e símbolos.