Nova biblioteca de Alexandria
O sonho acabou mal, quando um grande incêndio destruiu a imponente coleção, no século 7.
Luciana Pinsky
A nova Biblioteca de Alexandria, no Egito, reinaugurada no ano passado, quer disponibilizar pela internet todos os livros do mundo. Ou, no mínimo, uma quantidade inédita deles. Em 2002, 80 mil livros já foram digitalizados e em cinco anos a meta é atingir a casa dos 3 milhões de obras. Ainda este ano será possível acessar obras completas de outras 34 bibliotecas universitárias em 17 países africanos e o objetivo é integrar outros acervos espalhados pelo mundo. Os idealizadores do projeto querem reviver o antigo sonho de reunir todo o conhecimento do homem em um só lugar. Há mais de 20 séculos, quando o porto de Alexandria era um ponto de contato de diferentes e poderosas civilizações, a biblioteca da cidade chegou a reunir 700 mil volumes entre o que de melhor o conhecimento humano havia produzido até então: textos egípcios, gregos, romanos, persas e árabes freqüentavam suas prateleiras.
O sonho acabou mal, quando um grande incêndio destruiu a imponente coleção, no século 7. “A idéia é muito mais simbólica que prática, mas tem o mérito de preservar e integrar o conhecimento de diferentes partes do mundo”, diz o professor Teixeira Coelho, do departamento de Biblioteconomia da Universidade de São Paulo. O site da biblioteca é https://www.bibalx.gov.eg.