Os bastidores de “O Poderoso Chefão”, que completou 50 anos em 2022
A série "The Offer", que chega ao Paramount+ em 28 de abril, vai mostrar os perrengues das filmagens do clássico de 1972. Conheça alguns.
1 – A inspiração
O filme é uma adaptação do livro homônimo de Mario Puzo, de 1969. Endividado até o pescoço, Puzo só aceitou escrever pela grana – seu editor acreditava que um romance envolvendo a Máfia venderia bem. Vendeu, e no mesmo ano do lançamento, a Paramount comprou os direitos de adaptação.
2 – O diretor
Francis Ford Coppola não era a primeira escolha. Quem convenceu o estúdio foi o produtor Peter Bart, que acreditava que ele tinha o talento e o olhar (Coppola é ítalo-americano) necessários. De início, o cineasta relutou – mas topou após incentivo do amigo George Lucas, o criador de Star Wars. Coppola tinha sido o produtor de THX 1138, o filme de estreia de Lucas.
3 – Os atritos
Coppola bateu o pé para que a Paramount aprovasse sua escolha de elenco – Al Pacino (Michael Corleone) quase foi demitido em três ocasiões pelo estúdio, que duvidou também de outras decisões criativas do diretor. Temendo ser cortado, Coppola regravou algumas cenas para acalmar os ânimos dos executivos.
4 – O chefão
Nem Marlon Brando escapou da falta de fé da Paramount. Os executivos só se convenceram após seu teste para o papel de Vito Corleone. Foi dele a ideia de encher as bochechas com papel – no filme, é uma prótese. Para soar mais autêntico, Brando não decorava suas falas: o texto ficava em cartões espalhados pelo set. Na imagem acima, Robert Duvall (Tom Hagen) segura um deles.
5 – A pressão
As expressões “máfia” e “Cosa Nostra” não aparecem em O Poderoso Chefão. Isso supostamente foi acertado entre o produtor Albert Ruddy e Joe Colombo, um chefão do crime de Nova York que temia atrair a atenção da polícia. Capangas de Colombo “visitavam” o set de filmagens para conferir se o acordo estava sendo cumprido.
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