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Oscar: o ranking definitivo dos maiores injustiçados da história

Sim, a lista inclui as atrizes Glenn Close e Amy Adams. Mas Hollywood possui uma série de outros profissionais competentes, porém azarados

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 26 out 2020, 15h18 - Publicado em 25 fev 2019, 20h05

Uma das surpresas do Oscar deste ano, transmitido neste último domingo (24), foi a vitória de Olivia Colman como Melhor Atriz pelo seu papel em A Favorita. O resultado contrariou quase todas as apostas, que davam como certa a vitória da atriz Glenn Close. Ela havia vencido, inclusive, o SAG Awards, prêmio do Sindicato dos Atores de Hollywood e o principal termômetro para a categoria.

Mas talvez a pessoa mais surpresa com a vitória tenha sido a própria Olivia:

Oscar: o ranking definitivo dos maiores injustiçados da história

Com a derrota, Glenn Close se tornou a atriz viva que mais vezes foi indicada ao prêmio – sem ter vencido uma única vez. Foram sete nomeações e nenhuma vitória desde a sua primeira, como atriz coadjuvante pelo filme O Mundo Segundo Garp, em 1983.

Logo depois dela vez a atriz Amy Adams, que também não deu sorte este ano e agora acumula seis indicações e nenhum Oscar em casa (com o razoável atenuante de estar na labuta há menos tempo, admitimos).

Mas aí vem a questão: quem são os verdadeiros injustiçados do Oscar?

Há quem diga que um dos maiores é o diretor Stanley Kubrick (2001 – Uma Odisseia no EspaçoLaranja Mecânica, O Iluminado), que mesmo com quatro indicações (e um importante legado para a sétima arte) nunca venceu. Ou ainda o cineasta Martin Scorsese, que levou quase 40 anos para levar a sua primeira estatueta por Os Infiltrados, em 2007.

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Mas acredite: tem gente em uma situação bem pior.

Pensando nisso, a SUPER elaborou a lista definitiva com os maiores azarados da premiação – baseado não na nossa apreciação sobre cada filme ou profissional, mas no volume de indicações sem vitória dos pobrezinhos.

Para classificar nossos injustiçãdos, aliás, nada mais justo do que usar como unidade de medida o exemplo mais famoso deste (ingrato) grupo: Leonardo DiCaprio, que precisou de 6 indicações até finalmente vencer por O Regresso. A cada 6 indicações sem vitória, portanto, o ator vale 1 DiCaprio, tá ok?

Vamos ao ranking:

Amy Adams

Número de indicações: 6 (1 DiCaprio)

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Depois do Oscar deste ano, a atriz virou meme na internet ao ser nomeada como “a nova DiCaprio”. Desde 2006, Adams acumula seis nomeações ao Oscar, cinco delas na categoria de Atriz Coadjuvante.

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(Steve Granitz / Colaborador/Getty Images)

Glenn Close

Número de indicações: 7 (1,2 DiCaprio)

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A eterna vilã Cruella DeVil de 101 Dálmatas, Glenn Close também assustou muita gente em Atração Fatal, de 1987.

Das sete indicações, cinco foram para a categoria de Atriz Principal e duas como coadjuvante. Close não levou nenhuma ainda – e tem gente até dizendo que a Academia pode ter alguma espécie de ranço com ela.

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(Frazer Harrison / Equipa/Getty Images)

Richard Burton

Número de indicações: 7 (1,2 DiCaprio)

A primeira indicação do ator britânico foi em 1953, pelo drama Eu Te Matarei, Querida!. Seu trabalho mais famoso foi em Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, pelo qual ele também ganhou uma nomeação.

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Peter O’Toole

Número de indicações: 8 (1,3 DiCaprio)

Eternizado pelo seu papel em Lawrence da Arábia, de 1962, o britânico Peter O’Toole é o membro do grupo dos atores que mais vezes foi indicado sem nunca ter vencido. Ele morreu em 2013, mas a Academia o homenageou em 2002 com um Oscar honorário pelo conjunto de sua obra. Não vale, Academia.

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Peter O’Toole is the new addition to Tuesdays! ———————— #peterotoole

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Walter Lantz

Número de indicações: 10 (1,7 DiCaprio)

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Lantz foi o animador responsável por criar o Pica-Pau, um dos personagens mais famosos dos desenhos animados. Entre 1936 e 1954, seu estúdio de animação concorreu dez vezes para melhor curta de animação.

Só que ele deu um baita azar: seu concorrente direto era ninguém menos que Walt Disney, que dominava o Oscar e é até hoje o recordista de prêmios, com 22 estatuetas. Em 1979, a Academia lhe entregou um troféu honorário.

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Diane Waren

Número de indicações: 10 (1,7 DiCaprio)

Assim como Close e Adams, a compositora Diane Waren marcou presença no Oscar 2019, disputou uma categoria pela décima vez… e perdeu. Pior: foi para a cerimônia já sabendo que ia perder.

Ela concorreu à composição de Melhor Música Original com “I’ll Fight”, feita para o documentário RBG, sobre a vida da juíza Ruth Bader Ginsburg – que a cantora Jennifer Hudson chegou a interpretar ao vivo durante o prêmio. Mas quem levou a melhor, é claro, foi Lady Gaga, por “Shallow”, do filme Nasce Uma Estrela, favoritíssimo da categoria.

E aí vai uma curiosidade: Warren também é uma das compositoras da trilha sonora de Nasce Uma Estrela. Só que de uma música bem menos famosa do filme da Gaga, “Why Did You Do That?”.

Elas, aliás, já haviam trabalhado juntas em 2016 na música “Till It Happens To You”, do documentário The Hunting Ground. que também foi indicado ao Oscar – e, claro, perdeu.

Mas você provavelmente conhece Diane Warren de muito antes e não sabe. Ela compôs I Don’t Wanna Miss a Thing para o filme Armageddon – música que é, até hoje, um dos maiores sucessos do Aerosmith.

Mas nem com o hit ela ganhou o Oscar de melhor canção. Perdeu para Mariah Carey e Whitney Houston, com “When You Believe”, do Príncipe do Egito. Concorrência Brutal.

“Because You Loved Me”, cantada por Céline Dion, também é composição de Warren para o longa Íntimo & Pessoal. Também concorreu ao Oscar. Também perdeu.

São tantas derrotas que Warren chegou a ganhar um prêmio real de consolação: um Oscar de chocolate, troféu que ela guarda há um bom par de anos na geladeira, intocado. E, enquanto isso, segue compondo músicas que você provavelmente sabe de cor e, sem um troféu para chamar de seu.

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(Jeff Kravitz / Colaborador/Getty Images)

Federico Fellini

Número de indicações: 12 (2 DiCaprios)

O italiano foi um dos principais diretores da época e comandou filmes que entraram para a história do cinema, como A doce vida, de 19608½, em 1963 – os dois longas, inclusive, venceram, juntos, três estatuetas no Oscar. Mas nada para o diretor, que só foi receber um prêmio honorário em 1993.

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Buon Compleanno Federico! Domenica 20 gennaio ricorre il 99esimo compleanno di Federico Fellini. . #fellini #federicofellini #fellini99 #fellini99anni #fellini99anos #fellini99years #cinema #cinemaitaliano #italianmovie #movie #filme #film

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Roland Anderson

Número de indicações: 15 (2,5 DiCaprios)

O diretor de arte trabalhou em filmes como Bonequinha de Luxo, mas nunca subiu ao palco para receber um troféu. Curiosidade: naquela época, algumas categorias, como a própria Direção de Arte, premiavam separadamente filmes coloridos e em preto e branco. Anderson concorria em ambos. E nada.

Greg P. Russell

Número de indicações: 17 (2,8 DiCaprios)

Pearl Harbor, Homem-Aranha, Transformers e 007: Operação Skyfall. Obras de arte? É discutível. Mas nenhum deles peca pela mixagem de som, tanto que foram todos indicados ao Oscar nessa categoria – e, em todos eles (e outros 14 indicados) Greg Russell era o profissional responsável. Para ser indicado 17 vezes, algum talento o cara tinha, né? Mas vencer que é bom, nada.

Em 2017, ele concorria ao prêmio pelo filme 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi, mas foi desclassificado pela Academia por violar as regras de fazer campanha na véspera do Oscar. Pô, Russell, aí também não dá.

Kevin O’Connell

Número de indicações: 21 (3,5 DiCaprios)

Outro azarado do departamento de som, Kevin já trabalhou na mixagem de mais de 220 filmes. Ao todo, foram 21 nomeações desde 1984. Em 2017, ele finalmente recebeu um prêmio, pelo longa Até o Último Homem, mostrando a todos que o esforço (alguma hora) recompensa.

Victor Young

Número de indicações: 22 (3,6 DiCaprios)

Violinista e maestro, Victor Young foi um influente compositor de Hollywood. Além de ter trabalhado em centenas de produções até a sua morte, em 1956, suas criações são reaproveitadas até hoje em filmes como Logan e na série True Detective. 

Outro colega compositor está seguindo os seus passos. Thomas Newman, criador da trilha sonora de WALL-E Procurando Nemo, já foi indicado 14 vezes, provando que essa lista é, realmente, o símbolo da perseverança.

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