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Por que estão fazendo uma reforma ortográfica?

Texto Rita Loiola Em 1º de janeiro passa a vigorar a reforma ortográfica que vai dar cartão vermelho ao trema e extinguir alguns acentos e hífens. (A grafia antiga será tolerada até o fim de 2012.) “Por quê?”, você se pergunta. O objetivo é facilitar o trânsito de documentos entre os países de língua portuguesa. […]

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Atualizado em 16 Maio 2018, 13h18 - Publicado em 30 nov 2008, 22h00
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  • Texto Rita Loiola

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    Em 1º de janeiro passa a vigorar a reforma ortográfica que vai dar cartão vermelho ao trema e extinguir alguns acentos e hífens. (A grafia antiga será tolerada até o fim de 2012.) “Por quê?”, você se pergunta. O objetivo é facilitar o trânsito de documentos entre os países de língua portuguesa.

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    Por isso, Portugal, Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor Leste e Cabo Verde e Timor Leste assinaram o mesmo acordo, eliminando a tradução de português para português. O lado bom é ler José Saramago e Fernando Pessoa sem engasgar em cês e pês mudos. O lado ruim é se acostumar com ambiguidades e ideias.

    Mas ninguém vai começar a ter “idêia” só porque o acento caiu, assim como ninguém guarda no armário “tigêlas” ou “colhêres”. “Em Portugal não se usa trema desde 1945 e nem por isso consequência deixou de ser falda com qüe”, diz José Carlos Azeredo, especialista em língua portuguesa da UFRJ.

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    Afinal, ortografia é somente uma convenção. Basta lembrar que as línguas já existiam antes da escrita. E o modo de grafar os termos não acompanha necessariamente o modo como falamos. Há pelo menos 600 anos as vogais E e O no final das palavras são pronunciadas como I e U, mas continuamos a escrever “povo”, “ovo” e “gente”, assim como um carioca não pensa em escrever “fexta”.

    Aguenta a linguiça!

    Principais mudanças da reforma ortográfica para os brasileiros

    FIM DO TREMA

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    Pra quem nunca reparou, o falecido jaz sobre o 6 no teclado.

    Antes – lingüiça

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    Agora – linguiça

    Antes – tranqüilo

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    Agora – tranquilo

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    Antes – cinqüenta

    Agora – cinquenta

    HÍFEN DO ESQUECIMENTO

    Ele some em palavras que o falante percebe como uma só.

    Antes – pára-quedas

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    Agora – paraquedas

    Antes – pára-raio

    Agora – pararraio

    Antes – manda-chuva

    Agora – mandachuva

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    CORTA PELO ALTO

    Várias paroxítonas vão perder seu acento.

    Antes – idéia, jibóia

    Agora – ideia, jiboia

    Antes – crêem, lêem

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    Agora – creem, leem

    Antes – enjôos, vôos

    Agora – enjoos, voos

    AGORA IGUAIS

    Caíram alguns acentos que diferenciavam palavras com a mesma grafia.

    Antes – pára (verbo)

    Agora – para

    Antes – pêlo (subst.)

    Agora – pelo

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