Cíntia Cristina da Silva
São cerca de 6 mil pessoas – os sócios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Para virar membro é simples, mas complicado: você precisa ter sido indicado ao Oscar. Bom, isso vale para as categorias principais (filme, diretor, ator…). Para a parte técnica (edição, som, fotografia…), é mais difícil ainda. Além de ter recebido uma indicação ao prêmio, você precisa esperar um convite de pelo menos dois integrantes da academia.
Junto com a cédula de votação, os eleitores recebem em casa uma lista com boa parte dos filmes que passaram no ano, para refrescar a memória. Ela não é completa e vale sugestão, desde que o filme tenha sido exibido em Los Angeles entre 1º de janeiro e a meia-noite de 31 de dezembro do ano anterior à premiação. Na votação dos indicados, cada integrante vota em sua categoria (ator vota em ator, diretor em diretor…). Para o prêmio máximo, o de melhor filme, todo mundo vota. E nem todos os eleitores levam a coisa a sério. O acadêmico Samuel L. Jackson, por exemplo, disse que só vota nos amigos.
A academia nasceu em 1927 por iniciativa do produtor Louis B. Mayer – chefão do estúdio Metro-Goldwyn-Mayer. Ele reuniu 36 pessoas, entre atores e diretores, no Hotel Ambassador, em Los Angeles, para criar uma instituição que protegesse e premiasse os profissionais de cinema. Deu mais do que certo.