A coisa se repete. Todo lançamento de um novo filme de Quentin Tarantino é acompanhado por uma enorme expectativa. Para onde vai o cara que assumidamente devora referências pop para transformá-las em novas obras-primas? Pelo o que indica a extensa e ótima entrevista do diretor à New York Magazine, Os 8 Odiados vai ser mais um ensaio sobre o racismo.
“Meu filme é sobre o país ser despedaçado pelos conflitos raciais, e as consequências raciais, seis, sete, oito, dez anos mais tarde”. Segundo ele, esse caráter faz que o filme, mesmo sendo inicialmente um faroeste na distante década de 1960, seja atual para a sociedade americana.
“Finalmente, a questão da ‘supremacia branca’ está sendo falada e tratada. E é sobre isso que fala o filme”. E continua: “Eu amo o fato de que as pessoas estão falando e lidando com o racismo institucional que existe neste país e foi ignorado. Sinto como se fosse um outro momento dos anos 60, onde as próprias pessoas tiveram de expor o quão feias eram antes as coisas pudessem mudar. Estou esperançoso de que seja o que está acontecendo agora”.
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Para finalizar, Tarantino encheu o presidente Barack Obama de elogios. “Eu acho ele fantástico. Ele é meu presidente favorito… o preferido da minha vida toda. Ele tem sido incrível de um ano para cá. Especialmente o rápido fator um-depois-outro-depois-outro. A atitude eu-estou-me-cagando-para-você tem sido muito boa”.
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