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Cultura

3 filmes sobre o Brasil na 2ª Guerra Mundial

Como nosso país não tem tradição bélica, não há uma vasta produção com o tema, claro. Mas alguns poucos filmes cumprem a missão com louvor.

por Alexandre Carvalho Atualizado em 7 ago 2020, 16h55 - Publicado em 5 ago 2020 16h01

Como nosso País não tem tradição bélica, não há uma vasta produção com o tema, claro. Mas nossos poucos filmes cumprem a missão com louvor.

Texto: Alexandre Carvalho | Design: Andy Faria | Imagens: Divulgação

Senta a Pua (1999)

de Erick de Castro

Apesar da carência de imagens históricas da participação do Brasil na 2ª Guerra, o documentário consegue passar seu recado. Mostra a atuação dos pilotos de caça brasileiros na Itália – nossos soldados desembarcaram em Livorno, em 1944. A saga desse grupo é contada pelos próprios veteranos que estiveram lá.

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O BRASIL NA BATALHA DO ATLÂNTICO (2012)

de Erik de Castro

Em 1942, um submarino alemão atacou cinco navios mercantes brasileiros, resultando na morte de 600 pessoas – e na entrada do Brasil na guerra. Este documentário conta a participação da nossa Marinha em ações no Atlântico – e o drama de marinheiros militares que estiveram em navios torpedeados.

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A ESTRADA 47 (2013)

de Vicente Ferraz

Caso único na filmografia nacional, esta é uma ficção que aborda os esforços da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália – que teve seus méritos, como a tomada de Monte Castelo. O filme não foca nessas conquistas, mas nos relacionamentos entre os pracinhas – castigados pelo inverno europeu.

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War Spaghetti

De prostitutas enviadas para levantar o moral dos soldados à resistência de Roma aos nazistas.

ROMA, CIDADE ABERTA (1945)

de Roberto Rossellini

Aprendemos na escola que as forças do Eixo na 2ª Guerra eram compostas, além da Alemanha, por Japão e Itália. Mas não foi sempre assim. Em 1943, diante dos imensos prejuízos de uma participação desastrada e de seguidas derrotas para os Aliados, Benito Mussolini foi deposto pelos próprios fascistas italianos. E um novo governo mudou a direção do país: fez aliança com os EUA e declarou guerra aos nazistas. Hitler, claro, não gostou da notícia.

<strong>Pioneiro de um novo estilo de fazer cinema – o neorrealismo.</strong>
Pioneiro de um novo estilo de fazer cinema – o neorrealismo. (Divulgação/Reprodução)

Os alemães resgataram o Duce, que havia sido preso, e estabeleceram um governo paralelo no norte da Itália – a República de Saló –, enquanto governantes antifascistas mandavam no Sul. Nessa confusão toda, os nazis invadiram Roma e a ocuparam por 270 dias. O conceito de “cidade aberta”, no título do filme de Roberto Rossellini, diz respeito à declaração pública de um lugar que abandona todos os seus esforços de defesa e se rende ao inimigo.

Isso deu uma tranquilidade relativa aos romanos, porque em tese, com essa classificação, a cidade não seria bombardeada (embora tenha sido atacada pelos Aliados em 1944). E os habitantes estariam autorizados a levar vida normal – mas não tão normal assim. Havia toque de recolher, a comida era racionada e os alemães matavam moradores que eles associassem a um movimento de resistência – que de fato existiu.

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Roma, Cidade Aberta mostra as ações clandestinas dos partisans contra os invasores, que acabavam agregando também gente simples, que nem queria saber de guerra, mas era arrebatada pela solidariedade aos que se sacrificavam. Com essa primeira grande obra do neorrealismo italiano, Rossellini ganhou a Palma de Ouro em Cannes. E estabeleceu um novo modelo estético para o cinema histórico – mais autêntico e despojado, incluindo locações reais. Um estilo que seria régua e compasso do Cinema Novo brasileiro.

MULHERES NO FRONT (1965)

de Valerio Zurlini

Em 1940, Mussolini declarou guerra à Grécia. Era uma forma de mostrar aos nazistas que a Itália não era um peso morto no Eixo. Mas não deu muito certo. Os gregos contra-atacaram, fazendo o Exército italiano recuar até perder territórios na Albânia. Seria um fracasso total se Hitler não resolvesse intervir – e esmagasse a Grécia.

<strong>A odisseia degradante de quem vende o corpo para o inimigo – em troca de sobrevivência.</strong>
A odisseia degradante de quem vende o corpo para o inimigo – em troca de sobrevivência. (Divulgação/Reprodução)

O road movie atípico de Zurlini se passa nesse país arrasado. Um tenente italiano recebe a missão de transportar um grupo de prostitutas locais para levantar o moral das unidades de ocupação. Elas querem o trabalho – precisam de comida. Mas, em meio a emboscadas e outros riscos de um país em guerra, o sexo com inimigos parece o combate mais árduo dessas mulheres desesperadas.

MEDITERRÂNEO (1991)

de Gabriele Salvatores

Oscar de melhor filme estrangeiro, esta comédia se passa em 1941, quando a Itália ainda era do Eixo. Um grupo de soldados italianos é desembarcado numa ilha aparentemente deserta do Mar Egeu.

<strong>A guerra fica mais leve com a sátira italiana.</strong>
A guerra fica mais leve com a sátira italiana. (Divulgação/Reprodução)

Sua missão: ficar de vigia para o caso de aproximação dos adversários. Mas eles estão longe de ser grandes soldados. Percebendo isso, um pequeno povoado grego, que estava escondido, perde o medo e passa a confraternizar com os militares – que logo descobrem que ficar por ali é muito mais vantajoso que ir à guerra.

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