Lídice, no Rio de Janeiro, recebeu o atual nome em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Na mesma época, várias cidades do mundo ganharam o mesmo nome. A explicação é histórica: os moradores da Lídice original, na República Tcheca, eram suspeitos de abrigar os assassinos de um comparsa de Hitler. O líder nazista ficou sabendo e não hesitou: mandou fuzilar todos os homens da cidade, encaminhou as mulheres para o campo de concentração e as crianças para reformatórios. Não contente, mudou o curso do rio e aterrou a cidade, que sumiu do mapa. Os países Aliados decidiram homenagear as vítimas: cada um deu o nome de Lídice a uma cidade. A brasileira – antiga Santo Antônio do Capivari, a 40 quilômetros de Angra – abriga sinais dessa história, como a estátua de uma Fênix (a mitológica ave que renasce das cinzas) na praça central. No Centro Cultural há marionetes tradicionais da República Tcheca, quadros e exposições sobre o país do Leste Europeu.