A história da China

A dívida do país também é baixa: sobra 47% do PIB para investir (no Brasil, são 19%).

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Atualizado em 31 out 2016, 18h22 - Publicado em 28 fev 2006, 22h00

Bruno Vieira Feijó

1. POR QUE ELA CRESCE TANTO?

Primeiro porque o país tem mão-de-obra barata quase inesgotável – com salários equivalentes a 200 reais por mês. As empresas aproveitam-se da situação abrindo filiais na China e exportando seus produtos de lá. Ao mesmo tempo, a classe média cresceu. Hoje são 400 milhões de pessoas, de um total de 1,3 bilhão. E os (muitos) abastados têm acesso à educação. São mais de 1 500 universidades – contra 325 do Reino Unido, por exemplo. A dívida do país também é baixa: sobra 47% do PIB para investir (no Brasil, são 19%).

2. ELA VAI SER A MAIOR ECONOMIA DO MUNDO?

Vai. No ano passado, a China ultrapassou a França e a Inglaterra, assumido a 4ª colocação entre as maiores economias do mundo. Segundo o Fundo Monetário Internacional, se o país continuar crescendo entre 7% e 8% ao ano, a soma de suas riquezas vai ultrapassar a dos EUA antes de 2020.

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3. MAS e O GOVERNO? NÃO É COMUNISTA?

Oficialmente, sim. O país ainda é uma ditadura de partido único, o comunista. Só que desde 1978 a China vem se abrindo para o capitaismo. As empresas, antes 100% estatais, passaram a contar com investidores privados. O governo também criou incentivos fiscais para atrair dinheiro do exterior. E a economia chinesa saiu do vermelho. Nos dois sentidos.

Fontes: Ricardo Ramos, consultor da Monitor Group, e livro O mundo tem Medo da China?, Ed. Mostarda e Terceiro Nome, 2005.