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A história da menstruação, do Antigo Egito aos absorventes modernos

Curativos feitos com chumbo, algodão embebido em ópio, pílulas testadas sem consentimento. Entenda como os absorventes surgiram em meio a um desfile de soluções mirabolantes e por que o tabu em torno do sangue menstrual custa a desaparecer.

Por Bela Lobato
Atualizado em 12 ago 2025, 12h12 - Publicado em 12 ago 2025, 12h00

Vamos relembrar as aulas do colégio. O ciclo reprodutivo das mulheres dura em torno de um mês. No início do ciclo, desenvolve-se no ovário um folículo contendo um ovócito, que será liberado na ovulação. Enquanto isso, o endométrio, que reveste o útero, se espessa para possibilitar a implantação de um possível embrião. 

Se o ovócito não for fecundado, ele morre alguns dias após deixar o ovário. O corpo, então, se prepara para descartar o quarto do bebê: o endométrio é expelido pela vagina junto com sangue (a essa altura do ciclo, a camada está grossa e repleta de vasos). Mês que vem tem de novo.

A menstruação é um mecanismo raro na natureza. Só 1,28% das espécies de mamíferos menstruam, caso de morcegos, alguns primatas, musaranhos (um tipo de roedor) – e nós. Na maior parte do reino animal vigora o ciclo estral, em que o endométrio é reabsorvido em vez de expelido.

Durante a menstruação, 80% das pessoas (1) sentem dores e outros sintomas desagradáveis. A abertura do colo do útero pode deixá-las mais vulneráveis a algumas infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, o próprio sangue pode ser um incômodo (e, na natureza, pode atrair predadores). Qual seria, então, a vantagem evolutiva de menstruar?

Hoje, a hipótese mais aceita é a de que a forma do endométrio humano, mais espesso que o de outros mamíferos, dificulta a sua reabsorção. A grossura serve como uma barreira de defesa do corpo da mãe para não perder tantos nutrientes para o feto. Isso é importante especialmente em casos de malformações que podem comprometer a gestação no longo prazo. 

Esse é o lado biológico da história. Mas é impossível falar sobre menstruação sem considerar o seu peso cultural. Em cada época, em cada lugar do mundo, as sociedades humanas criaram diferentes formas de abordar esse assunto. 

Entre o povo indígena Yurok da América do Norte (2), por exemplo, as menstruadas devem ser isoladas. Considera-se que elas estão no auge da sua força e, por isso, não devem se distrair com atividades mundanas – nem com homens. Já na tradição judaica, as mulheres também devem ficar afastadas, mas por outro motivo: o seu sangue é considerado poluído e perigoso. 

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O fardo da menstruação provavelmente foi menor ao longo da história humana. As mulheres, afinal, passavam a maior parte da vida fértil gestando ou amamentando – e, portanto, sem menstruar. Todas as culturas desenvolveram formas de lidar com o sangue menstrual – algumas que hoje soam absurdas e antiéticas. É o que vamos ver agora.

Lá atrás

Com quase 4 mil anos de idade, o Papiro Kahun é um dos registros sobre medicina mais antigos do mundo e fala especificamente sobre saúde das mulheres. As práticas eram curiosas: um corrimento que “se assemelhasse a sangue cozido” pedia um curativo vaginal com terra do Nilo, mel e galena (um composto tóxico de chumbo). 

Contra dores abdominais, aplicava-se na região púbica um “laxante para o sangue” à base de resinas, óleo e galena, seguido de massagem com orelha de hiena podre e vapores de mirra. Já a contracepção era ainda mais inusitada: uma mistura de mel e cocô de crocodilo deveria ser inserida na vagina. 

Um milênio mais tarde, na Grécia, Hipócrates via a menstruação como uma forma de purificação, que eliminava fluidos em excesso. Ainda assim, os gregos enrolavam fiapos de pano em pedaços de madeira para conter o fluxo menstrual.

Aristóteles, por sua vez, comparava o sangue ao de um animal sacrificado. O filósofo acreditava que o olhar de uma mulher menstruada podia manchar espelhos. Esse tipo de misticismo em torno da menstruação influenciou diretamente a medicina romana, séculos depois.

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Ilustração colorida de seis mulheres da Roma Antiga, vestindo branco, segurando pequenas vasilhas. Em primeiro plano, vê-se flores vermelhas.
Para os romanos, o sangue menstrual podia enlouquecer cachorros, prejudicar magias e até provocar a morte durante uma relação sexual. (Ananda Ferreira/Superinteressante)

O naturalista romano Plínio, o Velho, atribuía ao sangue menstrual o poder de azedar colheitas, enlouquecer cães, matar abelhas, enferrujar metais e causar abortos. Sexo durante a menstruação, então, poderia ser fatal – especialmente durante eclipses. Mas nem tudo era maldição: o toque de uma menstruada também curaria febres, gota e até mordidas de cães raivosos.

Para lidar com o sangramento, os romanos recomendavam a inserção vaginal de lã embebida em piche, tutano, mel ou papoulas. Uma invenção curiosa dos romanos sobreviveu aos séculos: os absorventes internos com ópio seguiram sendo vendidos como analgésicos até os anos 1930.

A ginecologia só surgiu como campo médico no final do século 18, na esteira da Revolução Industrial, da urbanização e da crescente preocupação da comunidade científica com a mortalidade infantil – metade das pessoas morria antes de chegar ao fim da puberdade. Os estudiosos, então, passaram a ter um olhar mais atento sobre a reprodução humana.

Legal. Mas o problema, doutor, foi a maneira como encararam a menstruação. A historiadora Thayane Oliveira, doutora em História da Ciência pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conta que, nesse momento, o sangramento foi associado a doenças, histeria e loucura. Isso foi usado para justificar os vários experimentos e produtos que tentavam “corrigir” os corpos, sem critérios de segurança ou ética.

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Falaremos mais sobre isso adiante. Antes, precisamos entender como os absorventes modernos chegaram às prateleiras. 

Da toalhinha ao front

Entre 1854 e 1915, 20 novos produtos menstruais foram patenteados nos EUA. Os primeiros descartáveis foram as Lister’s Towels, da Johnson & Johnson, em 1896. O nome do produto (“toalhas do Lister”) era uma homenagem ao cirurgião britânico Joseph Lister, um dos pioneiros nas técnicas de antissepsia (e que dá nome a outro produto de higiene: o enxaguante bucal Listerine).

As towels eram absorventes, mas, se você está pensando naqueles que grudam na calcinha, esqueça-os por enquanto – eles só seriam inventados décadas depois, em 1969. Os primeiros eram presos ao corpo por um cinto que dava a volta na cintura, quase como uma calcinha de fundo trocável. 

As Lister’s Towels tiveram vida curta no mercado. Naquela época, os EUA não permitiam nenhuma publicidade para um produto tido como tão íntimo. A moralidade só deu trégua com as mudanças na sociedade provocadas pela Primeira Guerra Mundial. 

Enfermeiras no front francês do conflito foram as primeiras a relatar que o material usado nas bandagens era muito melhor para absorver sangue do que o algodão puro. Era o cellucotton, feito à base de celulose, mais barato e mais absorvente que o algodão. Ele passou a ser utilizado em absorventes da Kotex em 1918.

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Ao contrário da invenção da Johnson, essa pegou – em grande parte, graças ao pós-guerra. Esta história você conhece: com os homens no campo de batalha, as mulheres começaram a trabalhar fora de casa. Aos poucos, conquistaram mais independência financeira e sobre o próprio corpo. Foi quando os absorventes deslancharam.

Durante a primeira metade do século 20, as inovações nesse mercado aconteciam rápido. A inventora norte-americana Mary Kenner, por exemplo, criou uma versão de cinto sanitário com ajustes de tamanho, uma camada impermeável e um tipo de bolso que permitia a troca de absorventes com mais facilidade. Mas foi só depois de décadas, em 1952, que ela conseguiu juntar os US$ 200 (US$ 2.400 em dinheiro de hoje) necessários para o registro da patente. 

Segundo relatos da própria Kenner, ela foi procurada por várias empresas de absorventes interessadas em produzir seu modelo. Entretanto, uma após a outra, elas recusaram de última hora, ao descobrirem que se tratava de uma mulher negra. 

Ilustração colorida de uma mulher usando vestido verde, falando para um grupo de homens vestindo ternos pretos.
A inventora Mary Kenner patenteou inovações para a cinta sanitária, mas foi rejeitada por ser negra. (Ananda Ferreira/Superinteressante)

Alguns anos depois, a patente caiu, já que ninguém havia fechado um acordo para a produção. Quando as tecnologias de Kenner se tornaram domínio público, foram incorporadas pelas maiores fabricantes de absorventes dos EUA, sem que ela nunca tenha recebido um centavo (3). 

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Já os absorventes internos surgiram em 1931, feitos de algodão compacto e acompanhados de um aplicador de papelão parecido com uma seringa, que ainda é utilizado hoje em dia, em versões de plástico. As vendas começaram em 1936, quando a patente foi adquirida pela Tampax.

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O produto foi polêmico. De um lado, houve quem defendesse que eles eram mais higiênicos do que os absorventes externos e menos suscetíveis a provocar infecções (o que ainda gera debate). De outro, uma parcela da sociedade, além de instituições como a Igreja Católica, consideravam que a inserção de algo na vagina era uma ameaça à pureza e à virgindade. 

A popularidade do produto enterrou a discussão: as vendas quintuplicaram nos primeiros sete anos. Mesmo quando as fábricas norte-americanas precisaram focar em curativos cirúrgicos e bandagens para a Segunda Guerra Mundial, a produção dos absorventes internos não diminuiu.

O famoso nome O.B. foi cunhado pela ginecologista alemã Judith Esser-Mittag nos anos 1940. A sigla vem do alemão “ohne Binde” (“sem bandagem”) e serviu para nomear o primeiro absorvente interno sem aplicador. 

Nem só de glórias vive esse mercado, claro. Lançados em 1920, os calções menstruais eram como uma bermuda feita inteiramente de borracha, presa firmemente no quadril e nas coxas para impedir que o sangue vazasse. Havia duas aberturas de cada lado para garantir a circulação de ar [veja ilustração linha do tempo abaixo]. A moda não pegou.

Em 1937, a atriz Leona Chalmers inventou o coletor menstrual, que de início foi um fracasso. Ela aprimorou um protótipo de metal para um de borracha, mais confortável e descartável. Nos anúncios, Chalmers prometia ter encontrado a solução para “um problema tão velho quanto Eva”. Mas o produto saiu de cena, sobretudo devido à escassez de matéria-prima durante a Segunda Guerra. Os coletores só voltaram a circular nos EUA na década de 1980, entre os hippies. 

No Brasil, os produtos menstruais entraram no mercado em 1930, com a marca Modess. Eram os famosos módis, que foram a única opção de absorventes higiênicos no País por muito tempo. 

Eles se popularizaram algumas décadas mais tarde, quando a menstruação era vista como um obstáculo à entrada das mulheres no mercado de trabalho e à urbanização nas décadas de 1950 e 1960. Foi nessa época também que a indústria de produtos menstruais mudou radicalmente, com o surgimento da pílula anticoncepcional.

Linha do tempo, em fundo terracota, com marcos importantes no desenvolvimento de absorventes descartáveis.
(Arte/Superinteressante)

Olha a cartela

A pílula foi uma revolução. Além da possibilidade óbvia e inédita de controle da natalidade, era possível também eliminar completamente a menstruação. Mas, se o sucesso do fármaco é um exemplo das conquistas femininas do último século, o seu desenvolvimento foi marcado por violência.

Na década de 1950, quando a ciência foi capaz de sintetizar substâncias anticoncepcionais eficazes em ratos, médicos norte-americanos queriam testá-las em humanas. Impedidos pelas leis americanas, escolheram mulheres de Porto Rico, onde a superpopulação e a pobreza eram atribuídas à suposta “inferioridade” dos locais – um absurdo pseudocientífico e eugenista.

Em 1956, duzentas mulheres de favelas porto-riquenhas foram recrutadas sem saber os riscos envolvidos no que tomariam. Elas logo descobriram: mais da metade desistiu por efeitos colaterais severos, três morreram e várias engravidaram. Mesmo assim, os médicos consideraram o experimento um sucesso: nascia a primeira pílula anticoncepcional do mundo, o Enovid, que chegou ao Brasil em 1962.

Uma vez no mercado, as polêmicas continuaram. Na época, a Igreja Católica e outras instituições religiosas argumentavam que a contracepção era uma afronta à vocação divina do casamento: a reprodução. Além disso, interromper a menstruação indicava uma interferência antinatural na fisiologia das mulheres.

Para melhorar a aceitação do produto, os fabricantes das pílulas passaram a incluir um intervalo mensal na cartela. Nessa pausa, o corpo produz um sangramento que só ocorre pela falta dos hormônios da pílula. Não é menstruação de fato – mas a lógica cíclica foi o suficiente para minimizar a sensação de agressividade do fármaco. 

A pílula gerou debate mesmo entre os que a defendiam. Afinal, seria mesmo necessário regular os ciclos menstruais? A linha era tênue entre usar os anticoncepcionais para tratar condições reais e dolorosas (como fluxos intensos e doenças do sistema reprodutivo, caso da endometriose) e considerar a própria menstruação como uma doença a ser evitada a qualquer custo. 

Na década de 1990, o médico brasileiro Elsimar Coutinho ficou famoso com o seu livro Menstruação: a sangria inútil. Desde 1960, ele testava anticoncepcionais injetáveis de uso prolongado em suas pacientes, e foi um dos defensores mais ferrenhos da supressão da menstruação.

“A menstruação é uma falência reprodutiva. O resultado é um aborto ovular mensal que espolia a mulher de nutrientes, anticorpos e provoca doenças”, disse Coutinho, em 2002, em entrevista à Super. Ele também afirmava que os sintomas pré-menstruais diminuem a eficiência das mulheres no trabalho e induzem “um estado mental alterado” que as torna pouco confiáveis em posições de chefia.

O discurso do médico misturava algumas pistas que ele obteve em seus experimentos com muita opinião sem embasamento. De fato: a menstruação não é indispensável, mas ela também não é necessariamente prejudicial. 

Muitas pessoas, afinal, não odeiam a própria menstruação, sentem pouca ou nenhuma dor. Não sofrem com alterações de humor, não sentem nojo ou desconforto e até gostam de reconhecer as fases do ciclo reprodutivo no próprio corpo. 

A presunção de que a menstruação deveria ser corrigida ou até suprimida faz parte de como os brasileiros lidam com ela. Podemos até não achar que o sangue menstrual transmite raiva ou que o olhar da mulher menstruada enferruja metais, mas nossa cultura envolve outros tabus.

Até algumas décadas atrás, diga-se, o assunto era delicadíssimo. Em 1973, uma propaganda da Sempre Livre, protagonizada pela atriz Marília Pêra, foi censurada por tratar de algo “escandaloso”: a facilidade do uso dos absorventes adesivos, que acabavam de chegar no país. 

Ilustração colorida de duas mulheres num estúdio de TV. A direita, vê-se um grupo de policiais passando por uma porta. Em primeiro plano, vê-se um operador de câmera.
Em 1973, a ditadura brasileira censurou um anúncio de absorventes adesivos pela menção considerada vulgar à calcinha. (Ananda Ferreira/Superinteressante)

A névoa em torno do assunto enche a publicidade de eufemismos, como absorventes cheios de sangue azul e mulheres confiantes com vestidos brancos esvoaçantes. Até hoje, a maioria dos produtos menstruais vende valores como conforto, higiene, discrição e liberdade.

Nos anúncios, o incômodo da menstruação parece ter ficado no passado. Mas não é bem assim. Demoramos para perceber que esses produtos não estavam chegando para todos. Mais de um século depois dos primeiros absorventes, uma em cada cinco brasileiras (4) já precisou utilizar panos, papel higiênico ou jornal, por falta de dinheiro para produtos adequados. 

Segundo o Unicef (5), 4 milhões de estudantes sofrem com pelo menos uma privação de higiene nas escolas do Brasil, ou seja, sem acesso a absorventes, água ou sabonetes. E 27% já faltaram à aula mais de uma vez por estarem menstruadas (4).

Nos últimos anos, o assunto repercutiu nacionalmente, furando uma bolha de silêncio que durava décadas. Em 2022, a distribuição gratuita de absorventes virou lei no país inteiro para pessoas de baixa renda, em situação de rua e estudantes de escola pública. Que esse seja um norte para um futuro sem tabus. Milhares de anos de história, afinal, mostram que falhamos feio quando o assunto é menstruação. Hora de mudar isso de vez. 

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Fontes: (1) artigo “Prevalence of menstrual pain in young women: what is dysmenorrhea?”, Grandi et al; (2) artigo “De Sangrias, Tabus e Poderes: a menstruação numa perspectiva sócio-antropológica”, Sardenberg. (3) livro Biographies of black female scientists and inventors: an interdisciplinary middle school curriculum guide, Hambrick; (4) relatório “A relação das brasileiras com o período menstrual e o fenômeno da pobreza menstrual”, Instituto Locomotiva; (5) relatório “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, UNICEF e UNFPA, 2021.

Agradecimentos: Marta Rehme, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada de Ginecologia da Infância e Adolescência da FEBRASGO; Thayane Oliveira, doutora em História da Ciência; Cecilia Sardenberg, professora aposentada de Antropologia na UFBA; e Eduardo Cunha, ginecologista e diretor da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais.

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