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Apito de osso era usado pela “polícia” do Egito Antigo há 3,3 mil anos; ouça

Encontrado em 2008 na cidade de Amarna, só agora o artefato teve sua função revelada por cientistas.

Por Bruno Carbinatto
25 set 2025, 08h00

Um artefato feito de osso de vaca foi identificado como um apito que provavelmente era usado por forças de segurança do Egito Antigo para patrulhar e vigiar trabalhadores que serviam aos faraós, revelou um novo estudo.

O instrumento tem 3,3 mil anos e foi escavado em 2008 na cidade de Amarna, que, no passado, era chamada de Aquetáton e serviu de capital do Egito Antigo durante um período da 18ª Dinastia. Trata-se de um pedaço de osso de uma vaca jovem esculpido e com um furo no meio.

Desde que foi encontrado, porém, o artefato não tinha sido analisado de perto. Agora, um novo estudo publicado no International Journal of Osteoarchaeology revelou que o item é um apito – o primeiro do tipo já identificado para o período.

Os pesquisadores usaram técnicas de microscopia e fotografia para analisar o achado arqueológico em detalhes e compararam seu formato com outros apitos da Antiguidade encontrados mundo afora. Depois, construíram uma réplica do artefato, também feita de osso de vaca, e testaram para verificar se, de fato, produziria som. O resultado você ouve abaixo:

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O apito foi encontrado num local próximo a um conjunto de habitações chamado de “Vila dos Trabalhadores” pelos arqueólogos, que abrigava empregados responsáveis pela construção de tumbas reais e outras construções de luxo dos faraós. 

O cemitério da família real era um local altamente policiado pelas forças de segurança dos governantes, e por isso a equipe de cientistas acredita que o apito era um instrumento usado por esses “guardas” para vigiar os trabalhadores.

A ideia de que o apito pudesse ser utilizado como instrumento musical foi descartada porque ele só produz uma nota. 

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Amarna, a cidade onde o apito foi encontrado, é famosa por ter sido fundada pelo faraó Aquenáton, um dos mais famosos e controversos líderes do Egito Antigo. No seu reinado, o Estado abandonou a crença na mitologia egípcia tradicional, de caráter politeísta, e adotou oficialmente o Atonismo, religião monoteísta centrada no deus solar Áton. Aquenáton também é lembrado por ser marido da rainha Nefertiti e pai de Tutancâmon, cuja tumba foi encontrada intacta em 1922.

A pesquisa foi feita por cientistas das universidades de Oxford e Cambridge, na Inglaterra, e da Universidade Griffith, na Austrália.

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