Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Arqueólogos encontram tumba de 4 mil anos decorada para filha única de governador egípcio

Não é a primeira vez, porém, que alguém entra na tumba: no passado, ela foi violada – e o corpo do cadáver foi desmembrado. Veja o que já se sabe sobre o local.

Por Bela Lobato
23 out 2024, 14h00

Pesquisadores da Universidade de Sohag, no Egito, e da Universidade Livre de Berlim conduziam uma escavação na antiga cidade egípcia de Assiut quando se depararam com uma descoberta “extraordinária”. Eles investigavam a tumba de Djefaihapi, um proeminente governador, quando encontraram uma nova câmara funerária. 

A quinze metros de profundidade estava Idi, a única filha de Djefaihapi. O túmulo está bem conservado e mostra o caráter excepcional que a mulher recebeu. Ela está enterrada em dois caixões – um empilhado dentro do outro – cobertos de decorações complexas por dentro e por fora. Isso ocorreu no período chamado Império Médio, entre de 2050 a.C. e 1710 a.C. 

Foto da câmara funerária de Edi, filha do governador Djefaihapi.
(Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito/Reprodução)

Apesar do bom estado externo do túmulo, Mohamed Ismail Khaled, Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, afirmou em comunicado que ladrões tiveram acesso a essa câmara no passado, e que a múmia de Idi foi removida e desmembrada. Além disso, seus vasos canópicos – recipientes que eram utilizados para guardar as entranhas das múmias – foram quebrados. Não se sabe quando isso aconteceu, já que, até recentemente, nem a existência dessa tumba era conhecida.

Na época em que Idi viveu, o faraó no poder era Sesóstris I. Seu reinado, que durou 34 anos, entrou para a história como o auge da literatura e artesanato egípcio. O Império Médio muitas vezes é esquecido, ofuscado pelas outras fases. Antes dele houve o Império Antigo, conhecido como pela “Era das Pirâmides”, e depois houve o Império Novo, com seus faraós-celebridades como Tutancâmon e Ramsés II.

Continua após a publicidade

O túmulo de Idi é a maior tumba não pertencente à realeza do Egito naquela época, indicando que seu pai foi um dos governantes regionais mais importantes do Egito Antigo. O exame inicial dos restos mortais indicou que ela morreu jovem, antes dos 40 anos de idade, e que sofria de um defeito congênito no pé. 

Compartilhe essa matéria via:
Registros da descoberta arqueológica.
(Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito/Reprodução)
Continua após a publicidade

O Ministro do Turismo e Antiguidades do país, Sherif Fathy, afirmou que o órgão dará total apoio a essas missões para contribuir para descobrir mais segredos da história do antigo Egito. Segundo Khaled, “a limpeza e os estudos científicos dos ossos continuarão a revelar mais informações sobre esse governante e sua filha, bem como sobre o período histórico em que viveram.”

Foto do Túmulo I em Assiut.
(Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito/Reprodução)
Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.