Com a escrita, apareceram, obviamente, os erros.
Como apagar as falhas cometidas se não havia nem computador? Até meados de 1700, era bastante difícil. A invenção do lápis e do papel já havia facilitado as coisas (afi nal seus antecessores papiro, pergaminho e tinta eram ainda mais complicados de ser alterados). Mas o recurso mais usado naquela época para apagar era nada menos que o miolo de pão.
Em 1736 o cientista e explorador francês Charles Marie de la Condamine levou à Europa as primeiras amostras de uma nova substância extraída da seringueira, planta nativa das Américas Central e do Sul. Por volta de 1770, as primeiras amostras de borracha chegaram à Inglaterra. Segundo alguns relatos, a idéia de substituir o pão por borracha foi do engenheiro Edward Naime. Outros atribuem a descoberta ao químico inglês Priestly.
O que se sabe ao certo é que começava ali o hábito de apagar papel sem estragar sua superfície. Ainda depois, a borracha usada pelos ingleses foi aprimorada pelo norte-americano Charles Goodyear (qualquer semelhança com a marca de pneus não é mera coincidência). Ele inventou o processo de vulcanização da borracha, que consistia em adicionar enxofre e expor a mistura a altas temperaturas. Essa técnica aumentava o poder de apagar sem rasurar. No fi nal do século 19, empresas alemãs e norteamericanas começaram a produzir a borracha de apagar em grande escala.