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Casca grossa!

Flávio Dieguez, com Gabriela Aguerre Num dos mais espetaculares achados das últimas décadas, paleontólogos argentinos recuperam os primeiros pedaços de pele de dinossauro ainda no ovo. E dentro dele encontraram pistas inéditas sobre como eram os filhotes dos grandes répteis. Os gigantes nasciam moles Durante duas semanas, engatinhamos pelo chão à caça de cada pedacinho […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h11 - Publicado em 30 nov 1998, 22h00
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  • Flávio Dieguez, com Gabriela Aguerre

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    Num dos mais espetaculares achados das últimas décadas, paleontólogos argentinos recuperam os primeiros pedaços de pele de dinossauro ainda no ovo. E dentro dele encontraram pistas inéditas sobre como eram os filhotes dos grandes répteis.

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    Os gigantes nasciam moles

    Durante duas semanas, engatinhamos pelo chão à caça de cada pedacinho de pele grudado nos ovos dos dinossauros. Só tínhamos visto um fragmento, até então, e não havia certeza do que ele representava. Precisamos amarrar a boca para conter a vontade de espalhar a notícia.” Começou assim, no final do ano passado, conforme contou à SUPER o paleontólogo argentino Rodolfo Coria, diretor do Museu Carmen Funes, uma das maiores descobertas já feitas sobre embriões de dinossauro. “Ao microscópio, vimos que eles não tinham ossos de verdade. Só cartilagens”, relata Coria.

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    Sabe-se, agora, que eles saíam da casca cambaleando, pois tinham o corpo todo mole, por dentro. Esse resultado fornece a imagem mais nítida, até hoje, de como era um dinossauro ao nascer. Eles deviam andar como os jacarezinhos, que também têm cartilagens pré-natais. São as chamadas placas dérmicas, que representam uma adaptação da espécie porque, macias e elásticas, deixam as crias confortáveis no aperto do ovo. Depois que a casca se quebra, o esqueleto leva algumas horas para endurecer.

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    Os embriões da Patagônia mostram que as placas dérmicas estavam presentes nos titanossauros, espécie à qual os embriões teriam pertencido, há 80 milhões de anos. Eles prometem revelar mais surpresas, nos próximos meses, já que só se coletaram quarenta ou cinqüenta ovos. “No total, são dezenas de milhares”, afirma o paleontólogo Luís Chiappe (pronuncia-se quiape), co-autor dos achados, junto com Coria, e atualmente empregado no Museu Americano de História Natural, em Nova York.“O número exato é incalculável”, diz ele. Essa mina de ouro científica, segundo Chiappe e Coria, pode revelar, nos próximos anos, como os répteis extintos cresciam, como criavam os filhotes e como organizavam as suas maternidades ao ar livre.

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    Parte das costas

    Você vê, acima, a reconstituição científica de um embrião no ovo, em tamanho real. No quadrado, está a foto do maior dos pedaços de couro destacados de fragmentos de uma casca. A posição do fragmento no ovo indica que fez parte das costas de uma cria. Foi coletado no sítio de Auca Mahuevo (foto ao lado), uma área de 2,5 quilômetros quadrados, a 1 000 quilômetros de Buenos Aires.

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