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Como foi preservado o coração de D. Pedro I?

O coração, que fica conservado em uma igreja no Porto, está fazendo uma visita ao Brasil para comemorar os 200 anos da Independência.

Por Leo Caparroz
22 ago 2022, 18h52

O coração do primeiro imperador do Brasil chegou ao país nesta manhã. Saindo de Portugal pela primeira vez em 187 anos, ele fez um vôo de Porto até Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

O coração de Dom Pedro I foi trazido para o país em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil. Até então, ele nunca havia deixado Portugal e estava protegido em uma igreja na cidade de Porto. Era desejo de D. Pedro que, quando morresse, seu coração literalmente permanecesse na cidade que o via como herói – devido às batalhas que travara na região com Dom Miguel, seu irmão. Rainha na época, sua filha Dona Maria II escolheu a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, igreja em que assistia às missas, para o descanso eterno do coração de D. Pedro.

A igreja ainda tem suas missas e inclusive realiza visitas guiadas; contudo, o coração de D. Pedro não estava em exposição. Ele é mantido preservado em formol – uma solução na qual microorganismos e bactérias são incapazes de sobreviver, evitando a decomposição do órgão. 

Enquanto segredos são supostamente guardados a sete chaves, o coração do ex-imperador é guardado a cinco – nesse caso, literais. A primeira abre uma placa de metal. Outras duas removem redes de ferro. A quarta abre uma urna. E, por fim, dentro de uma caixa de madeira atrás de outra tranca, encontra-se o órgão. Graças a essas precauções, o coração sobreviveu por tanto tempo depois da morte de D. Pedro.

A viagem do órgão precisou ser autorizada pelo Instituto Médico Legal da Universidade do Porto, que confirmou, do ponto de vista técnico, que a jornada não traria danos ao coração; e pela Câmara de Vereadores da cidade do Porto, que liberou a ida em unanimidade.

Os outros restos mortais do primeiro imperador brasileiro já estão no país. Seu corpo está sepultado na cripta imperial, no Parque da Independência, em São Paulo. Em 1972, nos 150 anos da independência e durante a ditadura militar, parte de sua ossada também foi exposta em cidades brasileiras.

Depois de ter ficado em exposição em Porto por dois dias, o coração de D. Pedro I chegou ao Brasil. Ocorrerá, na terça, uma cerimônia no Palácio do Planalto. Depois disso, o órgão vai ficar exposto no Palácio do Itamaraty até o dia 5 de setembro e retornará à cidade portuguesa no dia 8 – um dia depois da comemoração do bicentenário da Independência.

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